Jamila com Gael, de 6 meses |
Jamila Maia é mãe e trabalhadora 24 horas. Vida de autônoma é assim mesmo. O tempo todo ligada nas suas atividades profissionais e maternas ao mesmo tempo, mas sabendo separar bem as coisas e dedicar-se a ambas com amor e competência.
Tradutora e professora, ela optou por diminuir a carga de trabalho, mas não parar totalmente, para conciliar a carreira com os cuidados com o pequeno Gael, de seis meses. “Gosto de estar em casa, mas também prezo muito sentir-me útil e produtiva profissional e intelectualmente. Além disso, acho que deixamos um exemplo legal para nossos filhos, do nosso esforço para estar perto deles e ainda assim continuar trabalhando”, afirma Jamila.
Ela cuida do baixinho e atende clientes grandes, como a BASF, a Editora Abril e a Matrix (empresa indiana de telecomunicações). Tudo de seu home-office. E curte sua escolha. “O meio corporativo pode ser muito hostil para quem acabou de virar mãe. A legislação brasileira não ajuda (quatro meses de licença-maternidade e meia hora por dia até os seis meses para amamentar o filho – muito pouco!) e a visão dentro de muitas empresas ainda é de que a mãe é uma profissional menos produtiva”, diz.
Para ela, a solução de empreender tem sido positiva. O lado ruim, segundo Jamila, é a solidão. Mas o lado bom é recompensador e gratificante. No entanto, é preciso escolher com segurança esta opção, mesmo que ela não seja uma mudança super radical. “Escolha algo que você goste e saiba fazer bem, busque informações, faça um planejamento cuidadoso e confie na vida, mantendo-se aberta para as oportunidades que virão na sua direção. Quando você se move com amor, o mundo se move a seu favor também. Depois, basta administrar com responsabilidade”, aconselha.
Sábia Jamila!
Leia sua entrevista na íntegra abaixo.
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Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? como funciona?
Jamila: Sou autônoma na área de idiomas desde 2008. Meu foco eram as aulas particulares de inglês, mas também sou tradutora há muitos anos. Durante a gravidez, sempre disse aos meus alunos que tão logo fosse possível eu me organizaria para retomar as aulas, porém bastou olhar para o rostinho do meu filho para saber que eu não queria me afastar dele tão cedo... Assim, redirecionei meu trabalho e fiz das traduções minha principal atividade atual.
Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Por enquanto (meu filho tem 6 meses), optei por reduzir meu volume de trabalho, uma vez que me propus a cuidar dele de modo integral. Porém, sinto-me realizada por ter encontrado uma atividade profissional totalmente conciliável com meu ritmo de vida desse momento. Além disso, não sinto muitas saudades do trânsito que eu enfrentava diariamente ao me locomover até os alunos [risos].
Qual o lado bom e o lado ruim?
O lado bom é poder estar com meu filho o tempo todo, não perder nenhum evento do seu desenvolvimento, amamentá-lo em livre demanda. Além disso, tenho um trabalho cujo volume pode ser modulado, se adequando ao meu momento de vida, o que é incrível.
O lado ruim é a solidão – o contato com outras pessoas acaba sendo bastante distante, via e-mail, redes sociais, telefone. Sinto falta de contato humano e venho buscando outras formas de obtê-lo, que não no trabalho.
O que é empreendedorismo materno para você?
Muitas vezes a maternidade é o empurrão definitivo para mulheres que já não estão muito satisfeitas com sua atividade profissional e querem encontrar uma forma de cuidar dos filhos sem sair do mercado de trabalho. Gosto de estar em casa, mas também prezo muito sentir-me útil e produtiva profissional e intelectualmente. Além disso, acho que deixamos um exemplo legal para nossos filhos, do nosso esforço para estar perto deles e ainda assim continuar trabalhando.
Na sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
O meio corporativo pode ser muito hostil para quem acabou de virar mãe. A legislação brasileira não ajuda (quatro meses de licença-maternidade e meia hora por dia até os seis meses para amamentar o filho – muito pouco!) e a visão dentro de muitas empresas ainda é de que a mãe é uma profissional menos produtiva, que falta mais ou está com a cabeça em outro lugar. Além disso, há o sofrimento da mãe em se afastar do filho tão pequeno – esse foi o meu principal motivo, para não dizer que seria impossível encontrar babá ou berçário que trabalhe num horário tão atípico como o de um professor particular.
Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Positivíssimo! Li outro dia em algum lugar que as mulheres empreendedoras já superam os homens em número. Torço para que isso se reflita em um ambiente mais humano. Porém, o Brasil precisa lutar por um empreendedorismo mais descomplicado, com menos burocracia e impostos menos pesados.
É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Certamente. Não sou a principal fonte de renda da minha família no momento, mas gosto de saber que colaboro e que tenho a perspectiva de elevar meus ganhos.
Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Escolha algo que você goste e saiba fazer bem, busque informações, faça um planejamento cuidadoso e confie na vida, mantendo-se aberta para as oportunidades que virão na sua direção. Quando você se move com amor, o mundo se move a seu favor também. Depois, basta administrar com responsabilidade.
Gostou do trabalho da Jamila?
Entre em contato com ela!
www.tudosobreingles.blogspot.com
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jamila.maia@gmail.com
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