segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Flávia idealizou a “Criando Gente” e se realiza tecendo roupas para amamentação

Flávia e Tomás
Flávia é a quarta filha de uma família de cinco irmãos que tradicionalmente trabalha com tecidos há mais de 50 anos em uma loja de decoração em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. “Cresci entre móveis, cortinas, tapeçarias e estofados feitos sob os olhares minuciosos dos meus pais”, lembra. Por isso, os tecidos – que hoje são sua matéria-prima - fazem parte da sua história.

Ela está à frente da Criando Gente, empresa de roupas para amamentação. “São peças que asseguram a liberdade, o conforto de amamentar em público, porque suas aberturas são pensadas e projetadas para deixar apenas uma parte do seio à mostra, garantindo discrição e tranqüilidade para a mãe e qualidade de mamada para o bebê”, explica.

A ideia surgiu quando ela chegou da maternidade com seu primeiro filho e não encontrou as roupas que pensava existir para amamentar. Com uma história marcada pela relação com os tecidos e formada em moda, ela começou o negócio ao perceber que estas peças ainda não existiam no mercado. Hoje, sua empresa, que nasceu junto com seu primeiro filho, tem seis anos.

“O nascimento de um filho é um marco na vida de qualquer mulher. Na minha, Bruno deu outro sentido para a carreira de estilista, Foi assim: por um ano e dois meses amamentei em livre demanda (livre demanda é quando a gente dá o peito toda hora que o anjo pedir...). Aí veio a questão: Não é possível que ninguém tenha pensado numa roupa específica para amamentar”. Conversava com outras mães lactantes e a necessidade era a mesma: parar de mostrar a barriga, expor o colo... ou estragar a gola das blusas. E, principalmente: ficar livre de olhares indiscretos sem precisar se esconder num cantinho”, relembra.

Flavia é uma das mães empreendedoras cujo negócio está voltado para o público materno. Conheça melhor aqui o perfil das mães empreendedoras brasileiras.

Conheça melhor a história da Flavia na entrevista que ela concedeu ao nosso blog e que reproduzimos abaixo, na íntegra.

Flavia faz parte do nosso banco de contatos de mães empreendedoras. Consulte aqui

Ficha da empreendedora
Seu nome: Flávia de Mesquita
Nome e idade do(s) filho(s): Bruno 6 e Tomás 2,6m
Nome da empresa e/ou atividade: Criando gente, roupas para amamentação
Telefone: (11) 97201.7520
e-mail: atendimento@criandogente.com.br
website e/ou blog: www.criandogente.com.br
ENTREVISTA – Flávia de Mesquita – Criando gente

Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Quando começou? Como funciona?
Sou estilista e sempre trabalhei com moda mesmo antes da faculdade. A Criando Gente começou quando cheguei da maternidade com meu primeiro filho nos braços. Fui procurar em lojas e na internet roupas para amamentar. A imagem já estava na minha cabeça, para mim era óbvio que existissem, mas não! Foi então que perguntei pra todas as mães que conhecia como elas faziam pra amamentar em público e pelas respostas vi que ninguém pensava em nós, nutrizes.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Realizei o que queria com certeza.
Comecei a trabalhar aos 14 anos de idade em lojas de grife, depois me especializei em confecção para casa e decoração, por conta do ramos da minha família. Atendimento diferenciado e personalizado fizeram parte da minha formação e assim continua até hoje. Atendo mães, elas são muito queridas.

Empreender na área de roupas para amamentação aconteceu por uma oportunidade que aliava várias coisas para a nova vida que eu queria ter. Queria ficar perto do meu filho e queria trabalhar com mães, na época a compra  por internet nem era tão comum, mas apostei, via um grande nicho de mercado se formando com as mães internautas e blogueiras cada vez mais parceiras da Criando Gente.

A Criando Gente já fez seis anos de existência e algumas coisas na rotina com as crianças teve que mudar. Hoje tenho uma equipe Criando Gente e uma equipe que me ajuda na casa e com as crianças. Sem a ajuda dessas pessoas eu não conseguiria responder a demanda atual da marca.

Ter o ateliê em casa não quer dizer que trabalho pouco... Trabalho muito! Às vezes até as 20 horas, mas sei tudo o que está acontecendo com minhas crias, se jantaram, se tomaram banho. Quando dá saudade, eles sabem onde me encontrar (o ateliê fica no nosso jardim). Estou sempre disponível para um chamego.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
A grande facilidade é pertencer ao universo materno, não só faço roupas para amamentação, eu amamentei, amamentei em público e onde fosse preciso. Sei como as modelagens de roupas atuais não favorecem mulheres maduras e/ou no pós-parto. Isso me ajuda muito na hora de desenvolver modelos.

A dificuldade é se desdobrar em 2, 4, 6 pessoas ao mesmo tempo. Administro meu ateliê, os prestadores de serviço e funcionárias da casa, e é claro os filhos! A alimentação deles é balanceada, as indicações de idade dos programas de televisão são vigiadas e, se alguém fica doente, nada de ir para escola! Paro tudo e faço o que deve ser feito. Colo nesse momento ajuda tanto na recuperação.... depois termino o que estava fazendo para a empresa, nem que seja às 22h...

O que é empreendedorismo materno para você?
Empreendedorismo materno para mim é ser mãe e empreendedora ao mesmo tempo. Tudo isso que já falei anteriormente. Pensar em mães como mãe, trazer meus filhos comigo ou não me distanciar deles para trabalhar.

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Em certas profissões - e por que não dizer quase todas - a demanda de atenção é muito alta e distancia a mãe da cria, deixar um bebê na creche ou mesmo num berçário de luxo por 8 horas diárias é uma decisão que está sendo repensada pelas mulheres e se algumas encontram uma forma de manterem-se ativas, criativas e autossuficientes fora do mercado tradicional não pensam muito. Apostam.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
É algo muito positivo, as mães que ficam mais tempo com seus filhos e trabalhando sentem o desenvolvimento da criança, sabem quando algo está errado com ela e podem atendê-la. É nítida a segurança que essas futuras crianças irão demonstrar em relação a vida e aos outros e isso não tem preço.

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Teoricamente deveria ser, porém sabemos por estatísticas que a maioria de novos empreendimentos fecham antes de completar um ano. No caso das mães que formam suas empresas na internet e trabalham em casa já economizam muito em aluguel. Isso é uma grande vantagem.  

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Antes de empreender fale com pessoas que já abriram seu próprio negócio, fique ciente das leis e dos deveres tributários e se organize.
Recomendo o portal do Sebrae na internet, que dá um direcionamento incrível para a idealização e a prática de novos projetos, ele ajuda inclusive a analisar se a pessoa tem o perfil de um empreendedor.
Posso dar uma dica sobre o que passei trabalhando em casa. Nunca comece a trabalhar de pijama, levante da cama para trabalhar. Disciplina e criação de cronograma de metas, estamos falando de uma empresa! 
Crie bons relacionamentos na internet e principalmente trate seu cliente da melhor maneira possível.

"Somos maiores do que pensamos".



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Primeiro Curso para Mães Empreendedoras (SP)


O blog Empreendedorismo Materno, em parceria com o Mamusca vai realizar em outubro o Primeiro Curso para Mães Empreededoras. 

O curso tem três módulos e cada um trata de um tema: Planejamento, Comunicação e Networking.

O curso surgiu por visualizarmos estas necessidades no trabalho das mães empreendedoras e como forma de apoiar o trabalho destas profissionais, melhorando suas condições de trabalho e promovendo juntas uma reflexão sobre a importância de se comunicar, de planejar e de tecer redes e parcerias.

Também é intenção do curso oferecer ferramentas para que as mães realizem estas tarefas de comunicar, planejar e trocar entre si.

O curso será realizado nas manhãs dos três primeiros sábados de outubro: 5, 12 e 19.

As inscrições estão abertas no Mamusca.



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Nasce a #AMF (AmoMeuFazer), a primeira publicação da Editora Florista - que cultiva "o fazer para ser"

As editoras da publicação, Karine, Gleice e Dani.
A revista é digital e, quinzenalmente, vai trazer entrevistas, imagens exclusivas e vídeos inspiradores com histórias reais de pessoas que decidiram viver fazendo aquilo que amam. A ideia central do projeto é inspirar pelo exemplo, para que cada vez mais pessoas descubram o quanto podem ser transformadas a partir de uma atividade criativa.

A ideia surgiu há alguns meses, quando as editoras do blog A Florista - no ar há três anos - decidiram que era hora de dar formato e site próprio às "flores" (como eram chamadas as histórias inspiradoras que contavam). No Instagram, lançaram a campanha #amomeufazer, um convite para que as pessoas compartilhassem imagens que refletissem o prazer de fazer aquilo que se gosta.
Nesse processo, nasceu a revista e a própria Editora Florista.

A campanha do instagram virou uma revista. E foi natural que o site da nova publicação trouxesse conteúdos com forte carga visual, com ensaios fotográficos e vídeos exclusivos. As mudanças reforçam a busca por contar histórias de forma bela e relevante para um público especial.

Essencialmente focado no público feminino, a curadoria do conteúdo e edição é feita por três profissionais da área de comunicação. A designer Dani Scartezini,
a jornalista e fotógrafa Gleice Bueno e a redatora publicitária Karine Rossi.

"Nós, floristas, vivemos em busca da beleza, do prazer que brota dos processos criativos. Queremos que quem lê a #AMF seja tocado pelas histórias que contamos e encontre um caminho para se realizar a partir de um fazer", explica Daniela, que escreve e é responsável pelo design do site, além de idealizadora do blog A Florista.

Num tempo em que trabalhar apenas naquilo que dá prazer tem se tornado uma meta quase obrigatória (nem sempre fácil de ser atingida), o que às vezes acaba gerando mais angústia, a #AMF quer é mostrar o bonito de tudo aquilo que é feito com sentido.

"Acreditamos que não é a natureza da atividade que define se ela é ou não criativa, mas o processo. O quanto se coloca da alma de quem faz. Qualquer um pode encontrar esse fazer, ainda que não viva profissionalmente dele", ressalta Gleice, que assina os ensaios fotográficos e entrevistas da AmoMeuFazer.

Para Karine, que também é responsável pelas entrevistas da #AMF, a proposta da revista vai além do puro hedonismo, marca dos dias atuais, "porque a gente realmente acredita que inspiração, beleza e alegria fazem bem, curam e devem se espalhar", conclui.

A ideia das criadoras da #AMF é que cada história da revista seja patrocinada por uma marca, que pode oferecer também, em suas próprias redes, conteúdos que unam criatividade, execução e carinho. Em suma, conteúdos relacionados ao Fazer, à Arte, ao Hand-Made, Crafts, a histórias
e ideias inspiradoras.

O projeto, além do site amomeufazer.com.br, tem publicações regulares nas principais redes sociais (twitter.com/amomeufazer, facebook.com/amf e flickr.com/amomeufazer, pinterest.com/amomeufazer,
instagram.com/amomeufazer) prevê também, ainda para este ano,
a publicação de uma versão impressa.

Editora Florista

A Florista é uma editora especializada em histórias e ideias inspiradoras.
Cria e produz conteúdo para marcas e pessoas de forma aliando poética e imagética com eficiênciae adequação para diferentes mídias. É também um selo, que associado a uma marca, produto, instituição, ou publicação, simboliza conteúdos relacionados ao fazer criativo e outras formas
de expressão.

Em 2013, realizou trabalhos para Johnson & Johnson, no lançamento da campanha "Carinho inspira Carinho", conduzida pela Mutato e JWT. As histórias da editoria também foram apresentadas no Blog dos Sentidos da marca Pluii, linha de cosméticos da Droga Raia.

A editora trabalha para marcas essencialmente femininas que buscam propósitos legítimos para conversar com as pessoas. O conteúdo é produzido de maneira cuidadosa e com uma linguagem única, elaborada a partir da pesquisa do público feminino específico de cada marca.