sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Com o Reiki, Kalu Scrivano concilia missões e paixões

Kalu é terapeuta em Reiki, uma energia de equilíbrio, cura e autoconhecimento que ajuda em doenças físicas, desequilíbrios emocionais, padrões negativos, relacionamentos instáveis e ambientes desarmônicos.

Ela se iniciou no Reiki para poder cuidar da sua filha que tem uma doença crônica há oito anos. “Durante o curso eu já fui percebendo o quanto o Reiki transformaria a minha vida. Aos poucos fui me curando de questões físicas, padrões emocionais arraigados e fui obtendo energia e discernimento pra cuidar da minha pequena”, explica.

A história de Kalu é tocante. Ao lê-la, você entende porque ela afirma categoricamente que existe uma forte conexão entre maternar e empreender. “Sinto que maternar é um grande ato de amor. E que empreender também é. Maternar e empreender são duas paixões... o Reiki é a terceira!”, diz. Para ela, empreender é “uma nova forma de sermos mães”, pois “uma mãe empreendedora consegue se realizar como mãe, mulher e também como um ser que colabora no mundo não apenas através da sua missão como mãe, mas também com outras missões que cada uma tem”.

Ela dá suas dicas para quem quer empreender: “Faça sempre o seu melhor observando suas potencialidades, seus limites, suas qualidades e seus defeitos sem culpa. Seja uma mãe amorosa com você mesmo e sonhe sonhos impossíveis. Mas ao mesmo tempo mantenha seu pé no chão e confie de que o melhor sempre vai acontecer. Tire o medo do seu repertório, ele nos imobiliza. Trabalhe com a cautela e a confiança. Assuma seu sonho, abrace seus filhos e se impulsione pros momentos mais belos de sua vida”.
Leia a íntegra da entrevista de Kalu abaixo.

Ficha da empreendedora
Seu nome: Kalu Scrivano (Carla)
Nome e idade do(s) filho(s): Marília (10 anos)
Nome da empresa e/ou atividade: terapeuta em Reiki
Telefone: 11- 97198-1178 (Vivo) / 11-97627-7052 (Tim)


O que é seu empreendimento? Como funciona?
Sou terapeuta em Reiki há 3 anos e comecei pois minha filha tem uma doença crônica e eu estava cansada de que todos "colocassem a mão nela", menos eu. Ela funciona porque é uma energia que equilibra a sua energia vital e faz com que todo o seu corpo e emoções funcionem no seu melhor. 
Atendo em meu consultório no Butantã e no Itaim (São Paulo), além de hospitais, em domicílio e em alguns Espaços Holísticos eventualmente. Cada sessão dura cerca de uma hora e nela insiro a energia Reiki nos pontos energéticos do corpo. A energia equilibrada entra em contato com a sua energia vital (Chi), equilibrando-a. Reiki faz você estar em seu melhor e assim conseguir transformar sua vida. Ao final de cada sessão converso sobre quais pontos estavam bloqueados, ajudando você a se perceber e a fazer mudanças em sua vida para se manter mais sereno e saudável pelo máximo de tempo. 
Com o Reiki, a saúde da minha filha foi mudando muito. O Reiki diminuía muito as suas dores, foi espaçando as crises, trazendo serenidade e até mesmo uma mudança de atitude nos momentos de maior dificuldade. Atualmente temos uma qualidade de vida impensável há poucos anos. Fui estendendo esse presente que é o Reiki para familiares, amigos, vizinhos e quando vi já estava atendendo bastante, inicialmente sem cobrar. Aos poucos o tempo livre que eu tinha já não permitia que eu atendesse a demanda de pessoas que eu gostaria e decidi começar a cobrar e ir migrando aos pouquinhos pra trabalhar somente com essa terapia. Fiz os cursos de Reiki nível II e III do sistema tradicional e também estudei um pouco a técnica japonesa. Meu próximo passo será fazer o mestrado, que me permitirá iniciar outras pessoas, sintonizando-as com a energia Reiki para que possam aplicar em si e em outras pessoas. Ser uma terapeuta me permite auxiliar as pessoas a se encontrarem através do equilíbrio gerado pelo Reiki e terem forças e discernimento pra seguirem seus caminhos mais em contato com sua essência e menos influenciados pelos fatores externos. Também é graças ao Reiki que consigo ter momentos importantes com a minha filha, flexibilidade de horários e maternar de uma forma tão intensa e profunda que nem é possível de ser transmitido em uma mensagem. E como o Reiki é um grande presente para a nossa vida, venho nos últimos tempos me dedicando a divulgar essa energia tão simples e incrível: escrevo para a mídia, dou palestras e faço conversas (chá com Reiki), dou entrevistas e mantenho uma página no Facebook (Divulgando o Reiki) com o intuito de que mais pessoas recebam também esse benefício. Meu intuito aqui também é o de divulgar essa terapia, que foi tão transformadora pra mim e pra minha filha e que pode mudar também a vida de muitas outras mulheres e suas famílias. 

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Antes eu trabalhava como autora de livros didáticos de ciências (sou bióloga) e formadora de professores. O empreendedorismo começou na minha vida há 5 anos, quando larguei um emprego fixo em uma ONG como auxiliar pedagógica para trabalhar como autônoma no ensino de biologia e ciências. Embora eu fosse antes autónoma, não me considerava empreendedora, pois trabalhava para quem pagasse, quase 18 horas por dia no computador, ou muitos momentos fora de casa. Acredito que o trabalho como terapeuta é que me permite ser uma mãe empreendedora, pois realmente estou fazendo algo do meu jeito, dentro dos meus horários e com o amor e a forma de algo que eu acredito. E desta forma consigo aliar o trabalho e o estar com qualidade com a minha filha. 

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
Acho mais difícil empreender sendo mãe. Principalmente no meu caso, pois minha filha tem uma doença crônica que requer cuidados diversos para viver com uma excelente qualidade de vida. Ter que correr atrás, estudar para aprofundar os atendimentos, cuidar da agenda dos atendimentos, divulgar, atender... tudo isso com a quantidade de coisas que a maternagem traz realmente é mais difícil do que fazer tudo isso sem um filho ou até mesmo trabalhar para uma empresa onde há uma estrutura para fazer as outras coisas. Mas ao mesmo tempo não me imagino mais fazendo outra coisa... Maternar e empreender são duas paixões... o Reiki é a terceira! 

Qual o lado bom e o lado ruim?
Lados bons são muitos: acho incrível poder estar mais perto da minha filha, fazer lição, acompanhar na escola, levar e trazer. Fora que minha filha se sente cuidando também dos outros quando me ajuda a ir atender. E ela aos poucos está entendendo que há momentos em que é mais possível fazer algumas coisas e outros não tanto. Parece que a criança fica mais parceira do que aquela que só vê os pais chegarem de noite. O lado ruim é a instabilidade financeira e o excesso de responsabilidades. Principalmente como no meu caso em que sou separada e tenho que cuidar de uma criança com uma doença crônica... nem sempre posso atender todos os pacientes, há os períodos mais intensos de cuidados com ela, exames, internação... e como empreendedora não tenho direito a licenças remuneradas... e às vezes sonho com alguém tomando as decisões ou levando a cabo pequenas tarefas que me desviam de outras coisas que gostaria de fazer. 

O que é empreendedorismo materno para você?
Uma nova forma de sermos mães. Uma mãe empreendedora consegue se realizar como mãe, mulher e também como um ser que colabora no mundo não apenas através da sua missão como mãe, mas também com outras missões que cada uma tem. 

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Ser mãe é algo muito forte em nossa natureza. Quando geramos e parimos temos contato muito íntimo com algo maior do que nós, nossa ancestralidade, nosso poder pessoal feminino, nossa força guia. Aos poucos a sociedade moderna nos tira muito disso e o empreendedorismo é uma via que nos permite ser mãe de uma forma mais profunda sem deixar de nos realizar profissionalmente. 

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Acho positivo no sentido que continuamos conectadas com nosso Sagrado Feminino, mas ao mesmo tempo podemos fazer isso sem abandonar outras possíveis missões na Terra. A amorosidade feminina precisa estar dentro do mercado de trabalho e quando somos mães empreendedoras fica mais fácil não assumir apenas nosso lado masculino. 

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Claro! Sustentável é a palavra correta. Em todos os sentidos... 

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Faça sempre o seu melhor observando suas potencialidades, seus limites, suas qualidades e seus defeitos sem culpa. Seja uma mãe amorosa com você mesmo e sonhe sonhos impossíveis. Mas ao mesmo tempo mantenha seu pé no chão e confie de que o melhor sempre vai acontecer. Tire o medo do seu repertório, ele nos imobiliza. Trabalhe com a cautela e a confiança. Assuma seu sonho, abrace seus filhos e se impulsione pros momentos mais belos de sua vida. 




quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mais de 50% das profissionais deixam trabalho após terem filhos

Da Folha de São Paulo. Original aqui.

Uma pesquisa da companhia de recrutamento Catho indicou que 53% das profissionais que têm filhos deixam o mercado de trabalho para se dedicar à criança. Destas, 18,6% não voltam ao mercado de trabalho.
Um quarto das profissionais (25,8%) leva entre um a dois anos para retomar a vida corporativa. "O que percebemos é que mulheres de classe social mais baixa colocam na ponta de lápis os custos para criação dos filhos, e algumas preferem ficar em casa a pagar uma babá", afirma a diretora de recursos humanos da Catho, Telma Souza.
Segundo ela, as mulheres de classe alta também acabam deixando o mercado de trabalho, mas por outros motivos. "Elas demoram mais para ter filhos e encaram a maternidade como algo muito importante, então querem se dedicar a isso com toda energia", diz.
Já as profissionais de classe média tendem a conciliar a carreira e a maternidade. "Elas às vezes saem do mercado, mas voltam mais rápido", afirma.
De acordo com Telma, a demora para retornar ao mercado deve-se a duas coisas: o tempo de recolocação e a idade das crianças. "A maior parte das mulheres se condiciona a ficar com o filho até o primeiro ano, que é quando a criança começa a ter mais autossuficiência. Quando ela volta, além do tempo de recolocação ser maior do que o dos homens, assume o ônus de retornar com salários mais baixos do que os anteriores", explica.
Tim Sloan - 5.ago.10/AFP
Mais de um quarto das mães leva entre um e dois anos para voltar ao mercado
Mais de um quarto das mães leva entre um e dois anos para voltar ao mercado
Segundo a pesquisa, o tempo de recolocação das mulheres é de cerca de seis meses, enquanto os homens demoram cerca de cinco para conseguir um novo emprego.
O levantamento ouviu 53,6 mil profissionais de 1.677 cidades do país, entre fevereiro e março deste ano.
MULHERES NA LIDERANÇA
As mulheres brasileiras aumentaram sua participação em cargos de liderança nas empresas, mas ainda ocupam menos essas altas posições. Elas representam 45% da força de trabalho do país, mas ocupam apenas 7,9% dos cargos de diretoria, 7,7% dos postos em conselhos de administração e 3,5% das posições presidente-executivo.
Em cargos de gerente, houve crescimento de 72% na participação feminina entre 2002 e 2013 --ainda assim, as mulheres representam apenas 38,25% do total. Nos postos de coordenação, a participação feminina aumentou 61%.
As áreas de destaque na participação feminina são: recursos humanos, educação, administração, relações públicas e medicina.
ESTUDO
A pesquisa mostrou que as mulheres têm, em média, um ano a mais de estudos em comparação ao sexo masculino -- 9,2 contra 8,2 anos, respectivamente.
50,8% das mulheres que responderam a pesquisa têm formação completa no curso superior, enquanto apenas 47,1% dos homens tem graduação completa. Elas também saem na frente na pós-graduação, com 14,6% contra 12,4% do gênero masculino.
Já na fluência de línguas estrangeiras, os homens estão na frente. 33,1% dos homens falam inglês fluente, enquanto 28,1% das mulheres tem a mesma facilidade. No espanhol, são 15,2% dos homens frente a 12,7% das mulheres.
TRABALHO X VIDA PESSOAL
A preocupação com a família faz com que as mulheres sejam mais conservadoras na hora de aceitar mudanças na sua vida profissional.
Enquanto apenas 7,2% dos homens não aceitariam mudar de estado sob nenhuma condição, 15,7% das mulheres negariam a proposta. O mesmo acontece quanto às mudanças de país: 24% das entrevistadas não aceitariam a realocação de jeito nenhum, enquanto apenas 14% dos entrevistados declinariam a troca.
A diferença também é grande em relação a cargos que só permitam passar os finais de semana em casa. Enquanto 80,6% dos homens aceitariam o posto, apenas 68,4% das mulheres fariam o mesmo.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Pesquisa revela perfil de mães empreendedoras

Um levantamento inédito realizado pelo blog Empreendedorismo Materno buscou traçar o perfil das mães empreendedoras do Brasil. "O objetivo é conhecer melhor estas mulheres para pensar em soluções coletivas, buscar parcerias e apoios para nosso trabalho, pensar em possibilidades de ação conjunta, entre outras coisas", explica Michelle Prazeres, editora do blog e idealizadora da investigação.

O levantamento constatou que o desejo pela maior flexibilidade de tempo é a grande motivação das mães que resolvem empreender (27%), seja abandonando uma carreira promissora, seja deixando um trabalho com o qual estava insatisfeita. A pesquisa ouviu 42 mães de todo Brasil. “O número da amostra é baixo, pois se estima que existem cinco milhões de mães empreendedoras em todo país, mas de todo modo, como pesquisa amostral, ela serve para nos indicar perfis e tendências deste grupo, que é muito peculiar”, afirma Michelle.

Outras tendências e características apontadas pelo levantamento são:

- 80% tinha um trabalho formal antes de empreender.
- 41% tomou a decisão de empreender durante a licença maternidade.
- 27% empreenderam para ter mais flexibilidade de tempo.
- A maioria delas (46%) é empreendedora há menos de 2 anos.
- A maior parte delas tem um negócio formal (44%).
- O lado bom de empreender é a flexibilidade de tempo; a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento e a vida dos filhos; e a autonomia de trabalho (93%).
- O lado ruim é a indefinição financeira (37%).
- 83% afirmam ser realizadas profissionalmente.
- A maior parte (24%) sente falta de planejar seu negócio e de pessoas para compartilhar (20%).
- A maioria trabalha com comércio de produtos (39%).
- 44% consideram as parcerias um incentivo fundamental para seu trabalho.
- 83% são empreendedoras individuais.

E você? É mãe empreendedora e se encaixa neste perfil? Ainda não empreendeu e a pesquisa serviu de inspiração?  Deixe seu comentário pra nós!

* A pesquisa segue em aberto para novas colaborações e será reeditada a cada três meses. O formulário pode ser respondido online aqui.
* Se quiser receber os dados completos, escreva para empreendedorismomaterno@gmail.com


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Isabela Queirolo driblou muitos obstáculos para empreender

Isabela Queirolo compartilha conosco a sua história de sucesso que não chegou com facilidade. De família tradicional, ela enfrentou um primeiro obstáculo quando engravidou sem planejar. Casou-se em menos de dois meses. Depois que a filha Ana Belly nasceu, enfrentou os problemas de um mercado de trabalho que ainda (em pleno século XXI não reconhece os direitos relacionados à maternidade). Foi demitida assim que ganhou a bebê. Quando resolveu empreender, precisou convencer seu marido de que seu negócio daria certo.

Com o apoio fundamental de uma prima, ela investiu na carreira de promotora de vendas da marca de cosméticos Mary Kay. E hoje, dois anos depois, é feliz e estabelecida em sua nova carreira.

Ela conta que trabalha apenas alguns dias no mês e ganha uma renda maior do que quando trabalhava em horário comercial e, ao mesmo tempo, tem a satisfação de poder ter acompanhado todos os momentos da vida de sua pequena.

Na entrevista que concedeu a nosso blog, ela dá dicas a outras mães e define o que é empreendedorismo materno para ela: “é poder priorizar a família e mesmo assim trabalhar e ter uma renda. É ter horários flexíveis e estar presente em todos os momentos importantes dos filhos. É ser mãe integralmente, não precisando de avós e vizinhas pra ajudar. É ser feliz trabalhando, pois ser a própria chefe não tem explicação, nem preço. É fazer minha rotina e minha agenda conforme minhas atividades de mamãe!”.

Leia o depoimento de Isabela abaixo.

Ficha da empreendedora
Seu nome: Isabela Queirolo
Nome e idade do(s) filho(s): Ana Belly
Nome da empresa e/ou atividade: Diretora de Vendas Independente Mary Kay
Telefone: (41) 8449-9488 | 3039-5490


Em 2010, exatamente fevereiro, descobri minha gravidez (não planejada). Estava namorando há 2 anos, terminando minha faculdade de Comunicação Social - Relações Públicas, estagiando numa multinacional e com planos a mil! Foi uma surpresa muito grande... De uma família tradicional, essa gravidez no namoro foi uma bomba. Em questão de dois meses eu me casei!
Continuei cursando a faculdade e estagiando, porém já tinha sido avisada que assim que a bebê nascesse, eu seria demitida (não existe lei contra isso :/). Então em novembro minha princesa nasceu e eu fui demitida. A situação ficou muito difícil, meu esposo não tinha um salário compatível com nossas necessidades e todos os meses tínhamos que pedir ajuda aos nossos pais (o que me entristecia profundamente).
Quando ela completou três meses (fevereiro/2011), eu estava desesperada, meu marido me cobrando emprego e eu orando constantemente pedindo a Deus uma oportunidade de renda que eu pudesse cuidar da minha bebê de pertinho, trabalhar em casa, amamenta-la até pelo menos 1 ano, etc
Havia pensando em fazer bombons, tricô, artesanato, mas nada me animava, pois não tenho a mínima estrutura e capacitação pra isso!
Então uma prima minha havia iniciado um negócio próprio como Consultora de Beleza Mary Kay e sentiu no coração de me oferecer a oportunidade de empreender como ela. Amei a filosofia da empresa (1º Deus, 2º Família, 3º Carreira), a forma de trabalho (Sessões de beleza), o plano de carreira (Ser diretora sem precisar de indicação, estudo ou tempo de empresa) e principalmente os ganhos e horários flexíveis.
Cheguei em casa muito animada, expliquei tudo ao meu esposo que de cara lançou um: “Não! Você está louca... Jogar a faculdade no lixo desse jeito. Esses negócios são furada, você vai se afundar em divida, bla bla bla...”.
Chorei muuuito em minhas orações e entreguei nas mãos de Deus. Passou uma semana e meu coração ardia cada vez mais com a vontade de iniciar. Mas eu não tinha nenhuma condição financeira, porém o anjo da minha prima decidiu me ajudar. Com o cartão de crédito dela e muita fé eu iniciei minha vida de mãe empreendedora. Durante 10 meses eu trabalhava somente aos sábados. De segunda a sexta ficava com a Ana Belly em casa e fazendo contatos, e sábado saía pra atender minhas clientes enquanto meu esposo cuidava dela. E quando ela completou 1 ano e 6 meses a coloquei na escolinha para buscar mais de mim na carreira Mary Kay. E dediquei os últimos 8 meses a formar minha equipe e me tornar Diretora de Vendas. A Ana vai pra escolinha três vezes por semana, porque dois dias ela sempre fica comigo.

O que mais amo em ser empreendedora é poder ser mãe por inteiro, levar e buscar a Ana na escola, levá-la ao médico e ficar com ela o tempo necessário pra ela melhorar; é ter visto todas as etapas de crescimento dela de pertinho, como as primeiras palavras, os primeiros passos, a primeira papinha... Pode parecer esquisito, mas o que mais me deixa feliz é levar minha pequena no médico e quando perguntam: você precisa de atestado? Eu dizer: não! Pois não preciso provar a ninguém que minha filha precisou de mim, e não preciso medir quantos dias posso ficar com ela até melhorar!!!

Não vejo lado ruim quando sabemos administrar nosso tempo e priorizar as atividades. E como meu trabalho permite levar minha filha junto, não tenho nenhum problema com isso. Posso cuidar dela e atender minha cliente ao mesmo tempo :)

Já conquistei muitos sonhos, os quais haviam sido abandonados lá na gravidez, como minha casa própria, bens materiais e em breve um carro! Tudo por conta dos ganhos ilimitados que Mary Kay me proporciona!

Empreendedorismo materno pra mim é poder priorizar a família e mesmo assim trabalhar e ter uma renda. É ter horários flexíveis e estar presente em todos os momentos importantes dos filhos. É ser mãe integralmente, não precisando de avós e vizinhas pra ajudar. É ser feliz trabalhando, pois ser a própria chefe não tem explicação, nem preço. É fazer minha rotina e minha agenda conforme minhas atividades de mamãe!

Acredito que muitas mães estão optando por empreender justamente pelo fato de poder criar seus filhos de perto. E descobrem que se souberem administrar seu negócio e seu tempo, podem ganhar muito mais que num emprego fixo. Podendo sim conciliar vida profissional com maternidade!

A dica que dou a uma mãe que pretende empreender é analisar o que gosta de fazer e como é o mercado na área. Não adianta iniciar um negócio sem gostar do tipo de trabalho ou sem saber informações necessárias do ramo.

Além disso, planejar desde sempre o tempo que será dedicado. Pois num negócio próprio quanto mais nos dedicamos, mais ganhamos. Por isso, é importante planejar todas as horas do dia. Eu já trabalhei após as 23h, pois durante o dia todo cuidei da bebê doentinha. Mas não reclamei ou murmurei, pois foi minha escolha.

Uma mãe que deseja iniciar uma vida de empresária precisa saber que vai trabalhar mais do que o normal, que vai dormir pouco, que não terá horário pra iniciar ou terminar seu trabalho e que tudo é brincadeira. Seus relatórios estarão em meio a brinquedos, e no meio de uma conferência sua filha vai chorar ou pedir pra fazer cocô [risos]. Mas essa é a melhor sensação do mundo, pois seus filhos estarão ali do seu lado, próximo ao seus olhos e qualquer coisa, é vc que vai socorrer!

Eu amo ser uma mãe empreendedora e nesses dois anos não me imagino batendo cartão, pedindo a vizinha pra buscar a Ana na escola ou a avó pra leva-la ao médico. E além disso, nunca fui tão bem remunerada como estou sendo agora :)


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Empreendedorismo materno no "Mãe bacana"

O Blog Mãe Bacana publicou um post especial sobre o empreendedorismo materno.

Leia um trecho do post abaixo e o original aqui.

Empreendedorismo Materno. Vamos nessa?

O fim da licença maternidade é um momento difícil para qualquer mulher. Para quem trabalha fora é chegada a hora de deixar o filho aos cuidados de alguém ou escola e voltar a rotina profissional. Algumas mulheres conseguem lidar bem com essa nova situação, organizando seu retorno e lidando com as consequências. Porém a grande maioria sofre com a falta de flexibilidade de horários e longos períodos longe dos filhos.

Dependendo da profissão que a mulher exerça é realmente mais fácil voltar a trabalhar, o que é ótimo. Porém existem inúmeros casos que mudar de profissão, diminuir o ritmo de trabalho ou abrir um negócio é a saída para esse grande dilema. É aí que nasce a mãe empreendedora.

A sociedade cobra da mulher grandes jornadas de trabalho. Não basta ser boa mãe, é preciso ser boa profissional. A mãe que resolver empreender busca na realidade conciliar essas duas faces, dedicando tempo aos filhos e realizando seu sonho profissional.