Tatiana Tardioli é mãe de Nina, e a dança – enquanto grávida e já com sua filha nos braços - a despertou para o trabalho que realiza hoje com gestantes, mães e bebês. Ela é idealizadora da Dança Materna, onde mães, grávidas e pais dançam com seus filhos. A iniciativa surgiu do desejo de proporcionar para outras mulheres os benefícios de que ela desfrutou quando dançava com a filha. Além disso, de uma vontade de fazer algo que possibilitasse que ela ficasse mais tempo com sua bebê. Houve percalços, mas o lado bom é ressaltado por ela: “Sinto-me muito realizada por ser uma mãe absolutamente presente”, diz. O apoio do marido foi fundamental. Assim como a certeza do que queria e a força de vontade para realizar. Para Tatiana, a grande dica que fica para outras mães que desejam empreender é “faça!”: “estude e desenvolva as competências necessárias para o que quer empreender, siga sua intuição e não se deixe desanimar por pessoas queiram desencorajá-la”.
Leia abaixo a íntegra da entrevista com Tatiana e assista aqui ao vídeo em que ela fala sobre empreendedorismo materno e conta um pouco de sua história.
Tatiana com Nina. Foto: Gustavo Ferri |
Tatiana: Surgiu do desejo de compartilhar com outras mulheres os benefícios que eu mesma experimentei dançando grávida e depois, com minha filha. E da decisão de trabalhar num regime que possibilitasse passar mais tempo com ela do que eu poderia da forma como trabalhava antes. Inicialmente, eu pensei num curso de Dança para Gestantes, e a Ana Cristina Duarte, que acompanhou meu parto como doula, sugeriu desenvolver uma proposta para Mães com Bebês. Eu adorei a idéia, trabalhei na concepção das abordagens e parti para a prática.
Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Eu já dançava profissionalmente e dava muitas aulas de dança antes de ser mãe há mais de 10 anos. Tinha estudado e trabalhado com supervisão de fisioterapeutas. Todo esse repertório anterior foi super importante, a base para desenvolver o trabalho. Como mãe e como profissional, comecei a estudar mais sobre os bebês, e isso também foi muito importante pra trazer consistência à proposta. Atualmente, continuo dançando. Estreei em 2010 um solo de dança chamado PARTO, e me divido entre ensaios e as aulas da Dança Materna. Gosto muito de trabalhar também com outros públicos e continuo fazendo isso, mas em projetos especiais, por exemplo, quando sou contratada para uma temporada de aulas. Esse ano, comecei a ser solicitada para palestras e estou estudando um formato de multiplicação para outras cidades do Brasil, com acompanhamento e supervisão dos trabalhos, porque são aulas com um público que requer cuidados e conhecimentos específicos - e acho muito importante ressaltar isso. Acho que ainda estou realizando e que para três anos de trabalho estou bem. O fato de ser um trabalho pioneiro no Brasil despertou bastante curiosidade das pessoas e da imprensa e isso ajudou a trazer visibilidade, que é um aspecto bem importante.
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No meu caso, viabilizou que eu ficasse com minha filha também em parte do meu tempo de trabalho, já que ela me acompanhou nas aulas até 1 ano e 3 meses e isso foi maravilhoso. Eu acho que no início a presença dela além de ser prazerosa e importante para ambas, ajudou a criar uma empatia com as mães que começaram a frequentar as aulas. Essas foram as facilidades. A dificuldade foi não conseguir de imediato contribuir tanto quanto antes pro orçamento familiar, até pelo fato de ter sido uma mudança motivada pela maternidade e não planejada antes. Na gravidez, eu chegava a trabalhar 16 horas por dia e, quando minha filha nasceu, caiu a ficha de que eu não conseguiria e não queria ficar tanto tempo longe dela.
Qual o lado bom e o lado ruim?
O bom é que tenho horário mais flexível e consegui cumprir minha meta de ficar com ela, com tempo em quantidade e de qualidade, até hoje, que ela tem 3 anos e meio. Sinto-me muito realizada por ser uma mãe absolutamente presente. Meu marido é um cara muito especial e que me apoiou e topou a sobrecarga de ser o principal responsável pelo sustento da família enquanto fosse necessário e isso foi muito importante pra mim. Acho que quando a mulher quer uma mudança desse tipo, o casal tem que conversar muito sobre os prós e os contras, mas a decisão no fundo é da mulher mesmo. Eu banquei a decisão de viver com menos grana, viagens e outras coisas que gosto de fazer, e isso foi parte do nosso acordo, porque a prioridade era nossa decisão sobre como acompanhar o crescimento da Nina.
Na sua opinião, por que as mães optam por empreender?
Necessidade pessoal de priorizar presencialmente os cuidados com os filhos. Insatisfação com questões anteriores no que se refere à carreira e desejo de fazer algo com que se identifique mais.
Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Positivo, desde que nasça de uma necessidade autêntica da mulher. Tem que querer.
É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Sustentabilidade é uma busca eterna. Eu não conseguiria terceirizar tanto os cuidados com ela tão pequena e vendo minha filha hoje, sinto que fiz a escolha certa para nós. Financeiramente, tem que pensar que o retorno cresce a médio e longo prazo.
Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Que o faça! Que estude e desenvolva as competências necessárias para o que quer empreender, siga sua intuição e não se deixe desanimar por pessoas queiram desencorajá-la.
Gostou do trabalho da Tatiana?
Entre em contato com ela!
www.dancamaterna.com.br
tatiana@dancamaterna.com.br
Oi,
ResponderExcluirque legal, acabei de conhecer o blog, e adorei!
a dança materna deve ser o máximo, se souber alguém do RS que faça, me indique, tenho muito interesse!
Beijos e sucesso!
Angi
Oi Angi, tudo bem?
ResponderExcluirDança Materna, por enquanto só em São Paulo, mas existe o desejo de crescer por todo o Brasil!
obrigada,
bjs!
Tati, to muito orgulhosa de vc!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!sucesso, vc merece!!!!
ResponderExcluirbjs
Cris Gloria