terça-feira, 31 de julho de 2012

Bia anda de mãos dadas com seu sonho. Ou melhor, dá carona pra ele!


Bia e Ravi
Antes de seu filho Ravi nascer, Bia Penaforte estudou, leu muito, se informou sobre a importância do colo para o bebê. Depois que já tinha ele nos braços, teve um problema com o sling (carregador de bebê) que usava, e resolveu: faria seus próprios slings. O empreendimento materno, para ela, veio para que pudesse andar de mãos dadas com seu sonho de ser mãe. Mais do que isso, para ela poder dar carona para ele, todos os dias, no seu colo. Assim, surgiu a Carona Baby. 

O nome da loja também é inspirado na trajetória de Bia, que andou muito por este país afora!

O que começou como um negócio para dar conta de necessidades próprias, hoje já é o trabalho de Bia, que conta com a ajuda preciosa da família. A Carona baby já produz mais do que slings. “Começamos com slings de argola e hoje produzimos wrap e sling de banhos (piscina e praia). Temos também uma linha integrada à aromaterapia com almofadinhas aromáticas, sachês, aromatizadores e difusores de ambientes, lembrancinhas e oferecemos serviços para mães, gestantes e bebês como reiki, florais de bach, aromaterapia e muito mais”, explica a mãe empreendedora de Fortaleza (CE).

Ela conta que só vê vantagens em empreender. No entanto, chama a atenção para uma questão séria, uma condição certamente partilhada por outras mães. “Nem sempre quem trabalha em casa ou por conta própria é compreendido como profissional e nem sempre é levado a sério”, afirma Bia. “Sofri um pouco com meu esposo que não compreendia no começo que o fato de eu trabalhar em casa não descaracterizava meu trabalho. Não é menos sério ou importante por isso. Parece que por que você estar em casa ou sempre no computador não é cansativo, que por você não ter horários fixos é mais leve, o que é uma grande ilusão:varias vezes viro a noite trabalhando, pesquisando, não tenho folga e por aí vai”, conta.

Veja estas e outras declarações de Bia na entrevista que ela concedeu ao nosso blog.

Gostou do trabalho da Bia Penaforte?
Entre em contato com ela!
CARONA BABY
(85) 85231464


Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Quando começou?
Bia Penaforte: A Carona Baby foi criada em 2011 após o nascimento do meu filho Ravi. Tínhamos necessidades que a cidade não conseguia suprir, tanto de produtos como de informações e serviços. Li muito durante a gestação e com o nascimento senti necessidade de aprofundar e passar todo meu conhecimento neste novo mundo da maternidade para outras mães que nem sempre tem a mesma disponibilidade de tempo.
Vi em alguns artigos os benefícios dos carregadores de pano e, claro, quis imediatamente experimentar. Saí na busca por toda cidade e nada. Quando encontrei, as vendedoras não sabiam ensinar a usar, não havia uma preparação, era novidade para elas também. Mas acabei comprando e decidi aprender sozinha. Assisti todos os vídeos possíveis da internet, devorei livros, li artigos, conversei com pessoas e quando vi estava dominando a arte de slingar. Tudo ia muito bem, até que um dia com meu filho no sling a argola partiu e por Deus ele não caio dos meus braços! Foi aí que percebi que faltava um quesito super importante para aprimorar meu conhecimento: a qualidade. Não tive duvidas: voltei a ler e confeccionei meu próprio sling, voltei a sair na rua e chamava cada vez mais a atenção das pessoas, curiosas porque todo mundo via em algumas revistas mas não sabia onde vendia na cidade ou quem sabia onde vendia não sabia como usar. Me vi numa situação que também não podia indicar quem me vendeu e falei pela primeira vez:EU FAÇO! E FIZ, e não parei mais. O boca a boca começou, me formalizei, criei uma loja virtual, participamos de alguns eventos para gestantes e como é gostoso fazer algo que você gosta de usar né? Tudo fluiu...

Você trabalha sozinha ou tem parcerias?
Carona baby sou eu Bia e minha família, mãe, pai, irmã, meu filho e meu marido: todos juntos, ajudando como podem a tocar pra frente. A proprietária sou eu, não tenho sócios, só parceiros de coração.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Antes de ser mãe eu fiz de tudo. Sou formada em Administração Hoteleira, mas antes disso, fiz um “mochilão” pelo nordeste, morei em Jericoacoara, trabalhei em hotéis e restaurantes, depois fui conhecer praias, pessoas, culturas, lugares, peguei muita carona pela estrada e por isso o nome Carona, pro meu pequeno mochileiro [risos]. Quando resolvi voltar pra casa fui convidada a trabalhar na turnê Quidan do Cirque Du Soleil. Claro que não pensei duas vezes e fui de volta pra estrada: Recife, Salvador, Brasília e por aí vai... trabalhava como assistente sênior do restaurante e depois do setor administrativo. A turnê acabou e resolvi descansar um pouco na chapada diamantina. Morei uns meses por lá trabalhando em uma agência de ecoturismo (forma mais barata de conhecer um lugar!). Conheci quase tudo e voltei pra casa, terminei a faculdade, casei, engravidei (não necessariamente nesta ordem [risos]). E assim foi, ou melhor, está sendo. Para falar a verdade, nunca me imaginei empreendendo artigos infantis, mas a maternidade é assim né? Tudo muda e eu senti este desejo e me sinto muito feliz com esta escolha.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
Durante a gravidez não trabalhei. Enjoava muito e ficou muito complicado.  Foram 9 meses praticamente parada. Após o nascimento, não agüentava mais e vi esta oportunidade batendo na porta. Tive o apoio da minha família e fomos fazendo acontecer. Me formalizei e sai em busca  de ser o mais profissional possível. A grande vantagem de empreender é ficar mais tempo com meu filho, curtir as descobertas diárias, acompanhar tudo de pertinho, ele vai comigo pros lugares, é meu grande marketing: estamos sempre juntos e isso empresa nenhuma te dá. Por outro lado, nem sempre quem trabalha em casa ou por conta própria é compreendido como profissional e nem sempre é levado a sério. Sofri um pouco com meu esposo que não compreendia no começo que o fato de eu trabalhar em casa não descaracterizava meu trabalho. Não é menos sério ou importante por isso. Parece que por que você estar em casa ou sempre no computador não é cansativo, que por você não ter horários fixos é mais leve, o que é uma grande ilusão:varias vezes viro a noite trabalhando, pesquisando, não tenho folga e por aí vai.

Qual o lado bom e o lado ruim?
Só vejo vantagens. Acho que toda mãe só deveria trabalhar fora antes de se tornarem mães ou bem depois, quando já curtiram muitoooo seus filhos. São momentos únicos e que vão fazer toda diferença em ambas as vidas, e isso patrão nenhum vai te dar de volta, nunca. É um novo momento em nossas vidas, uma forma de valorizar a vida, a sua inteligência, a capacidade pessoal, de incentivar o comércio local e por aí vai... não só as mães, a família precisa estar muito atenta ao potencial que tem dentro de casa.

O que é empreendedorismo materno para você?
É o instinto materno para proteger sua cria com as armas que você tem. Vi isso dentro de casa através da minha mãe que sempre inventou de tudo que pode para criar suas filhas sem se desligar do ninho e cultivo o mesmo pensamento com meu filho.

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Acredito que seja o grande sonho da maioria das mulheres tornar-se mãe e compreender que isso vai muito além de gerar um bebê. Quando nos damos conta disso, tudo muda, você não quer abrir mão do seu sonho, você quer andar de mãos dadas com ele. Isso é mais do que positivo, não tenho palavras para definir como é bom.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Faço minhas as palavras do grande WILLIAN SHAKSPEARE “Não se deixe levar pela distância entre seus sonhos e a realidade. Se você é capaz de sonhá-los, também pode realizá-los.”


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mães conversam sobre valores no segundo encontro de empreendedorismo materno


Para empreender, é fundamental entrar em contato com os seus valores. Este foi o tema principal do II Encontro de Empreendedorismo Materno, que aconteceu neste sábado, dia 28 de julho, no Espaço Nascente. O encontro contou com a presença de Anna Gallafrio, da Natural Coaching, que provocou as participantes a pensarem como entender seus valores influencia o processo de tomada de decisão, geralmente envolvido nas mudanças profissionais após a gravidez e a maternidade.

“Valores são princípios. É quem nós somos. Não quem deveríamos ser ou quem gostaria de ser. É o que nos norteia e nos faz tomar decisões coerentes, assertivas e tem tudo para dar um chão firme, uma base de por onde seguir”, explica Anna.

“Quando vi que haveria um encontro de mães empreendedoras para discutir valores, eu pensei: ‘preciso disso’. Pode ser um jeito de a minha faceta profissional voltar, porque depois que meu filho nasceu não consigo me ver fazendo outra coisa que não ser mãe. Tem desejos fervilhando, ideias brotando, vontades de outras coisas, mas a maternidade me toma inteira”, revelou uma mãe participante do encontro.

Segundo Anna, o processo de reflexão sobre os valores é individual, mas é também importante discutir valores coletivamente. Para o grupo, faz sentido afirmar que a maternidade, muitas vezes, nos conduz a partilhar alguns valores, como os citados por uma mãe presente no encontro: “cuidar, estar junto, reunir, querer ter uma família, cuidar da família”.

Honrar valores

Em processos de transformação e mudança, inclusive – ou especialmente – os profissionais, nossos valores estão em jogo. Em geral, buscamos honrá-los nestes momentos. Entende-los é um passo indispensável para alicerçar a tomada de decisão.

Não é possível afirmar que entender os valores é segurança de decisão bem tomada, mas todo trabalho feito no sentido de diminuir os riscos de uma virada é sempre importante. “Observar os seus valores e dos outros é um exercício. Ajuda a construir relações mais saudáveis, respeitando os valores distintos e brigando pelos seus. A decisão tende a ser mais sólida e coerente”, explica Anna.

Encontros

O objetivo dos encontros de empreendedorismo materno é reunir mães empreendedoras e que tem vontade de empreender para refletir juntas e para formar uma rede de apoio.

O primeiro encontro de empreendedorismo materno aconteceu em abril no Espaço Nascente. Veja o relato aqui.

Fique atenta para saber a agenda dos próximos encontros. Curta a página do Espaço Nascente no Facebook

Os encontros são realizados pelo blog Empreendedorismo Materno e pela Abraço Materno, com apoio do Espaço Nascente e da Adorável Design.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mães empreendedoras são Mad Moms?

Muito bacana o texto da Anne Rammi, no Super Duper.

Reproduzo na íntegra abaixo.


MAD MOMS
Elas nasceram entre o final da década de 70 e meados de 80.

As Mad Moms estão hoje na casa dos trinta, tem filhos embaixo do braço e um incontrolável desejo de conseguir realizar os sonhos profissionais e pessoais que uma vez também tiveram as suas mães - mas ironicamente não têm a menor disposição para não participar ativamente também da vida dos filhos.

Mad Moms são mães que enlouqueceram, na definição literal do termo. Eram mulheres norteadas pela carreira, muito provavelmente com bastante escolaridade. Se destacavam com facilidade nos trabalhos que executavam, tinham futuro promissor naquela fase da vida em que só se pensa no futuro. Eram líderes natas, com muita energia para o trabalho. Decidiram que além de carreira queriam independência, além de independência, queriam lazer. Mad Moms são mulheres que queriam tudo.

Traziam de casa as influências, filhas em sua grande maioria de mulheres que trocaram os afazeres domésticos pelo mercado de trabalho, não lhes passava pela cabeça outra coisa se não o sucesso profissional, prazer e trabalho na medida certa. Uma vida de conforto, certamente com filhos. Mas as Mad Moms aprenderam um novo significado para todas essas palavras - sucesso, prazer, trabalho e conforto - depois que tiveram filhos. Os filhos enlouqueceram as Mad Moms.

Mad Moms são aquelas que os priorizam filhos, ainda que não aceitem - como fizeram suas avós - abdicar de outras facetas da vida. São profissionais, são femininas, são políticas, são inteligentes. Podem participar de debates intelectuais, mas não raramente tem sujeira de criança espalhada pela roupa. desmarcam compromissos para atender pequenas febres. Podem ser chamadas de irresponsáveis. Mas elas não ligam.

São preocupadas com coletivos, mais do que soluções individuais para problemas. Querem mudança, exigem mudança. Controlam suas casas como uma vez controlaram suas equipes, abandonaram empregos, mas não abandonaram renda. Não aceitam meias verdades, não acatam ordens. A grande maioria delas não tem mais chefe. São normalmente ríspidas com argumentos, e tachadas de mal educadas. E não ligam.

Mad Moms são cosmopolitas essencialmente, mas precisam do mato para recarregar as energias. Moram em grandes cidades, mas separam o lixo neuroticamente. Vivem de acordo com as rotinas das metrópoles, mas se permitem contemplar os dedos dos filhos abrindo e fechando ainda no sono da manhã, não importando que o relógio diga que é hora de levantar. Muitas vezes são confundidas com preguiçosas. Mas não ligam.

Mad Moms matriculam filhos nas escolas quando precisam, e questionam absolutamente toda a grade curricular. Ligam na escola semanalmente, e sabem que devem ter um apelido desagradável entre o corpo docente e direção. E não ligam.

Mad Moms contratam babás e as tratam como família.  Por outro lado não permitem que babás alimentem ou banhem seus filhos fora do estritamente necessário, elas consideram que esses momentos são íntimos demais. Não exigem uniforme branco mas não convidam para almoçar fora. Um observador superficial pode concluir que elas são hipócritas, ou incoerentes. E elas não ligam.

Mad Moms gostam de cuidar da casa, mas exigem divisão igual de tarefas com seus maridos ou companheiros, nem que estes últimos sejam os filhos. Conhecem absolutamente todos os produtos de limpeza e a função de cada um. Podem ter empregadas as ajudando nos lares, mas sabem que isso está com  os dias contados. Entendem que cuidar do lar é obrigação das famílias, não se envergonham de limpar a própria sujeira. Já ouviram muita gente lhes chamar de Amélia, e adivinha? Não ligam.

Mad Moms estão criando filhos para o mundo, mas um mundo onde a mãe está presente. São raramente resignadas, um tanto reativas, mas sem sombra de dúvida, resilientes.

Formam um recorte não muito significante da geração Coca-Cola, ainda sem dados demográficos que o comprove. Mad Moms não tomam Coca-Cola e as que tomam, sabem que deveriam parar.

sábado, 7 de julho de 2012

Blog é destaque na Revista da Associação Comercial do Paraná

O blog Empreendedorismo materno foi destaque na revista da Associação Comercial do Paraná em junho de 2012.

Na reportagem, falamos sobre o fenômeno do empreendedorismo e sobre o fundamental apoio de nossos parceiros para este trabalho acontecer.

Vale um adendo. Os créditos das fotos não saíram, mas a da página esquerda é de Tati Wexler (para Sampa Sling) e a da página direita é da TV Minuto / Metrô SP.

Confira aqui a edição da revista.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Blog e encontro de empreendedorismo materno são destaque em matéria do site bebe.com.br

Confira a matéria, que traz diversas opções de passeios e atividades para gestantes e mamães.

Obrigada a Ligia, repórter, que entrou em contato e nos noticiou!

Uma pequena correção: o próximo encontro é dia 28/07, no Espaço Nascente.

2º Encontro de Empreendedorismo Materno abordará a importância dos valores na mudança profissional


No próximo dia 28, será realizado em São Paulo o segundo encontro de empreendedorismo materno. O primeiro aconteceu em maio. A segunda edição do evento acontece a partir das 14h no Espaço Nascente. “O primeiro encontro foi muito frutífero e percebemos que existe uma demanda de mais encontros, para troca de informações e para que estas mães possam contar e ouvir histórias que as inspirem”, explica Michelle Prazeres, do blog Empreendedorismo Materno e organizadora do evento.

O segundo encontro contará com a presença de Anna Gallafrio, da Natural Coaching, que fará uma palestra para as participantes, onde tratará sobre os valores. “Para tomar decisões assertivas é importante conhecer-se. Nesse dia vamos pensar nos nossos valores, para que eles possam nortear o desejo profissional e empreendedor de cada uma”, explica Anna

Para Priscila Castanho, da Abraço materno, também organizadora do evento, os encontros são fundamentais para que as mães se sintam acolhidas. “O nosso corpo funciona de acordo com as nossas emoções. Estar juntas, apoiando-se e trocando é fundamental para que as mães se sintam fortes para as mudanças profissionais e para todas as outras que chegam com a maternidade”, diz.

O encontro tem duas horas de duração e as inscrições são gratuitas e podem ser feitas no Espaço Nascente pelo email espaconascente@gmail.com ou pelo telefone (11) 2548-6383. 

II Encontro de Empreendedorismo Materno
Tema: O começo: empreender respeitando os seus valores
Convidada especial: Anna Gallafrio.

Inscrições e informações: espaconascente@gmail.com / (11) 2548-6383    

- Traga seu filho, mas lembre-se de trazer um(a) cuidador(a)!
O espaço tem lugares adequados para eles se divertirem enquanto nos reunimos.
- O evento é gratuito. Se desejar, você pode fazer uma contribuição.
- Espaço Nascente: Rua Grajaú, 599 - Próximo ao metrô Sumaré

Realização: 
Blog Empreendedorismo Materno 
Abraço Materno

Apoio:
Espaço Nascente
Natural Coaching
Adorável design



quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ana Paula: futura mamãe, mas já uma empreendedora!


Ana Paula Custódio Yoshida está no oitavo mês de sua gestação. Mas já se considera uma mãe empreendedora! O empreendedorismo, para ela, está em seu sangue, em seu DNA. Crafter e dona de um ateliê que leva o seu nome, ela vende suas peças para o Brasil e para toda a Europa. O negócio começou quando ela se mudou para a Inglaterra e só cresce com o passar do tempo.

Com a chegada da sua filha, ela sabe que sua vida vai mudar, mas espera poder se dedicar ao trabalho com flexibilidade. “Haverá dias em que terei que me dedicar integralmente a ela, mas acredito que a criança tem que entrar no seu mundo e não o contrário. Tenho muitas amigas que conseguem conciliar sua rotina profissional com a vida de mamãe então, comigo espero que não seja diferente, vou trabalhar pra que isso não aconteça”, diz.

Ana Paula acredita que as mães que empreendem objetivam estar mais perto de seus filhos “afim de não delegar a terceiros sua responsabilidade de educá-los e de acompanhar de pertinho seu desenvolvimento”.

Ser empreendedora, para ela, é acima de tudo ser persistente. Por isso, ela deixa como dica: Não desista! Porque, para ela,empreender é “acreditar no que os outros desacreditam, é ver o que os outros não veem, é ser o que os outros não são, é fazer o que os outros não fazem e acima de tudo é fazer com amor sem visar única e exclusivamente obter lucro financeiro, pois o dinheiro é uma consequência daquilo que você faz por prazer, até porque na maioria das vezes o lucro demora para vir e se você trabalha só com esse objetivo certamente lhe faltará paciência para esperar a hora certa de colher os frutos”.

Em entrevista ao nosso blog, Ana Paula nos brinda com outros momentos de sabedoria. Leia a entrevista abaixo.

Gostou do trabalho da Ana Paula?
Entre em contato com ela!
Ateliê Ana Paula Yoshida

Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Quando começou?
Ana Paula: Sou crafter, tenho 29 anos e moro na Inglaterra com meu esposo. Faço artesanato há pelo menos uns 15 anos, mas como uma atividade paralela à minha vida profissional, porém sempre tive vontade de fazer deste hobby  minha atividade principal.
A vontade de empreender é presente no meu DNA, faz parte de mim empreender. A minha primeira experiência foi à frente da minha empresa de Organização de Eventos Sociais em sociedade com uma prima. A empresa existiu por quase três anos, e tive que encerrar as atividades por conta da mudança para a Inglaterra, mas desistir da empresa não significava desistir dos meus sonhos. Parecia que lá no fundo eu sabia que o meu perfil empreendedor não me deixaria quieta por muito tempo aqui ou em qualquer lugar do mundo.
A mudança de país me fez entrar em uma rotina completamente diferente. Se antes eu não tinha tempo disponível para dedicar-me ao artesanato, hoje eu o tenho e na primeira oportunidade passei a aproveitar e explorar o mercado e o mundo que estavam ali diante de mim só esperando um primeiro passo. Não demorei muito, e comecei a colocar em prática as técnicas aprendidas no Brasil. Fiz várias peças e fui expor em um mercado de artesanato em Londres junto com uma amiga que me ajudou muito já que até então meu inglês não estava tão bom a ponto de comunicar-me, porém isso não foi um obstáculo, fui mesmo assim e me comunicava como dava.
O próximo passo foi manter a loja online que tenho no Brasil e abrir outra para vender para a Europa. Tirei fotos dos meus produtos e os divulguei na internet. Passado pouco tempo, veio a minha primeira venda para a Itália. Fiquei muito feliz, pois aquilo significava muito mais do que uma simples operação comercial: era a viabilização de um sonho que se tornava realidade.
Ainda não satisfeita, resolvi enviar fotos dos meus trabalhos para revistas de artesanato do Reino Unido e poucos meses mais tarde, duas dessas revistas publicaram meus trabalhos.
A partir de então, o reconhecimento e o resultado foi apenas uma questão de tempo: aquilo que pra mim até então era apenas um hobby passou a ser minha atividade profissional e hoje recebo pedidos do Brasil e da Europa toda o que me faz sentir-me ainda mais feliz.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Antes eu dava aulas o dia todo, saía de casa bem cedo e voltava no final da tarde. Hoje eu trabalho na minha casa. Pela manhã, acesso meus emails, atualizo meu blog, minhas lojas e minha página na rede social. Quando tenho que fotografar alguma peça, faço isso ainda durante o dia para aproveitar a luz natural. Durante o dia, administro minha rotina de dona de casa e de futura mamãe cuidando das coisas do enxoval da minha filha. Procuro agendar as consultas médicas para o período da manhã também para deixar meu dia livre. À tarde, após o almoço, vou ao mercado quando precisa e na volta me dedico às encomendas. Aí, só paro à  noite para cuidar do jantar.
Depois que minha pequena nascer, minha rotina sofrerá algumas mudanças, haverá dias em que terei que me dedicar integralmente a ela, eu sei, mas acredito também que a criança é quem tem que entrar no seu mundo e não o contrário. Tenho muitas amigas que conseguem conciliar sua rotina profissional com a vida de mamãe então, comigo espero que não seja diferente, vou trabalhar pra que isso não aconteça, pois antes de ser mãe eu sou um ser humano que também preciso do meu tempo, do meu espaço e da minha rotina.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
O principal motivo que me fez acreditar que dedicar-me ao meu ateliê seria o caminho mais certo a ser seguido, foi justamente a vontade de ser mãe. Pois acredito que trabalhando por conta própria teria mais flexibilidade para administrar minha rotina de empreendedora, de mãe e esposa sem deixar de exercer nenhum dos três papéis.

Qual o lado bom e o lado ruim?
Quando a gente faz o que gosta não vê lado ruim e sim pontos que precisam ser melhorados. A rotina é flexível então com o passar do tempo nós temos que adaptá-la a nossa realidade.

O que é empreendedorismo materno para você?
É ser mãe, ser esposa, ser dona de casa e jamais deixar de ser MULHER!

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
As mamães que estão em busca de ser empreendedoras visam principalmente estar mais perto de seus filhos a fim de não delegar a terceiros sua responsabilidade de educa-los e de acompanhar de pertinho seu desenvolvimento. Trabalhar em casa ou por conta própria pode ser o caminho, porém se a mulher não souber organizar-se é possível que acabe se perdendo na rotina deixando de lado a vida profissional.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Para a minha vida eu acho super positivo, pois fiz a escolha consciente e de comum acordo com o meu esposo e isso faz toda diferença na hora de dividir a responsabilidade do dia a dia. Acredito que toda mulher tem o direito de fazer suas escolhas e o dever se assumi-las!

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Com certeza! Ser mãe é mais um papel na vida de uma mulher, não acho que devemos deixar de lado a carreira para ser mamãe e vice e versa, a não ser que isso seja seu desejo e te faça mais feliz.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Ser empreendedora é acima de tudo NÃO DESISTIR JAMAIS. É acreditar no que os outros desacreditam, é ver o que os outros não veem, é ser o que os outros não são, é fazer o que os outros não fazem e acima de tudo é fazer com amor sem visar única e exclusivamente obter lucro financeiro, pois o dinheiro é uma consequência daquilo que você faz por prazer, até porque na maioria das vezes o lucro demora para vir e se você trabalha só com esse objetivo certamente lhe faltará paciência para esperar a hora certa de colher os frutos.



quarta-feira, 4 de julho de 2012

LAURA GUTMAN NO BRASIL - EU VOU!


Pela primeira vez no Brasil, Laura Gutman estará em Florianópolis dia 01/09 e em São Paulo dia 02/09 para o seminário "O poder do discurso materno".

É autora de livros como "A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra", "Crianza, violencias invisibles y adicciones" e "La revolución de las madres", que exploram o universo da maternidade, os vínculos familiares e as dinâmicas violentas aos quais os seres humanos estão submetidos.

Desde 1996, formou mais de 300 educadores, médicos e profissionais em geral, objetivando construir uma nova visão acerca do problema da violência social e oferecer ferramentas concretas para assumir, com maios consciência, o trabalho que compete a cada um de nós na criação de um mundo menos violento e mais humano.

O seminário terá duração de 4 horas e é dirigido a mães, pais, professores, educadores, psicólogos, psicopedagogos, assistentes sociais, profissionais da saúde, profissionais das ciências humanas e todos aqueles que desejam contribuir para um mundo mais amável.

Mais informações em www.lauragutmannobrasil.blogspot.com.



terça-feira, 3 de julho de 2012

Mães de primeira viagem, embarquem no programa da Silvinha!


Silvinha e Lis, de 2 anos
Silvia Faro é apresentadora de TV. Quando engravidou, correu atrás de todas as fontes de informação possíveis para se preparar para a maternidade. Encontrou muitas, mas segundo ela, as mais preciosas foram as informações compartilhadas com as suas amigas mães.  

Por que não, então, conciliar sua profissão com a vontade de fazer estas dicas tão valiosas chegarem para outras mães de primeira viagem? Foi movida por esta ideia que ela criou o programa “Mãe de primeira viagem”, que entrou no ar em outubro de 2010.

A mãe de Lis, de 2 anos, hoje, apresenta o programa e ainda atua na sua área em outros trabalhos. No entanto, segundo ela, com mais critérios. “Quando se tem um filho, pensamos primeiro nele no sentido de: como essa minha escolha vai afetar a vida do meu filho? Por isso o que mais mudou em relação ao meu trabalho foi o conceito de seleção e adequação, mas não o ramo em si”, conta.

Para Silvia, empreender é “a busca da liberdade com a tranquilidade, e estas de mãos dadas com a garra, a cara e a coragem!”. Uma mãe empreendedora, para ela, é aquela que tem a vontade de empreender, mas também a capacidade de “canalizar a criatividade pulsante” da maternidade.

Confira a entrevista que Silvinha concedeu ao nosso blog.
E entre em contato para conhecer mais o seu trabalho.

Programa de internet “Mãe de primeira viagem”

Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Quando começou?
Silvia: Durante a gestação, meu envolvimento e interesse pelo assunto me incentivaram a buscar o máximo de informações disponíveis em livros, revistas, sites relacionados, participações em cursos e palestras para gestantes. Tudo em busca de uma preparação adequada e correta para a chegada da minha tão amada Lis. Mesmo com toda a informação disponível, as conversas tidas com as “amigas mães”, que viveram esta grande transformação, foram sem dúvida determinantes e onde mais pude aprender e vivenciar um pouco o que estava por vir!
O Projeto Mãe de Primeira Viagem entrou no ar na internet em outubro de 2010 e surgiu da necessidade em compartilhar essas descobertas, agora minhas. Procuro usar uma abordagem direta e descontraída. O programa concilia minha profissão (apresentadora) com meu amor à maternidade, dividindo meus conhecimentos adquiridos, passando conforto e tranquilidade para as futuras mamães.
Mãe de Primeira Viagem é um programa de no máximo cinco minutos idealizado, produzido e apresentado por mim.
O programa é voltado para gestantes, pais, familiares e interessados nos assuntos relacionados à chegada de um bebê, cuidados com a mãe, dicas e sugestões vividas por mim de forma descontraída, próxima e divertida. Não tenho objetivo didático e não pretendo mostrar a fórmula do certo ou errado. O programa é como um bate-papo entre amigas!
Atualmente está disponível no You Tube (youtube.com/silvinhafaro), no meu site (silvinhafaro.com.br) e possui twitter (@maeprimeira) e pagina no Facebook!

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Continuo trabalhando e atuando na minha área, porém agora com muito mais critério e cuidados. Quando se tem um filho, pensamos primeiro nele no sentido de: como essa minha escolha vai afetar a vida do meu filho? Por isso o que mais mudou em relação ao meu trabalho foi o conceito de seleção e adequação, mas não o ramo em si. 
Ainda não realizei o que quero ao criar o programa. Falta crescer, atingir mais diretamente o público, fazer parcerias que beneficiem não só o programa em si, mas seu conteúdo para os telespectadores (ou melhor os web-espectadores) e, claro, poder quem sabe, viver financeiramente desse meu projeto.
  
Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
Tempo! Você não quer abrir mão de ficar com seu filho e ao mesmo tempo tem a necessidade de se realizar profissionalmente. As duas coisas são importantes, pois um equilíbrio entre elas deixará a mãe feliz e uma mãe feliz é mais saudável para o filho e para todos a sua volta!
As facilidades é que você tem o maior estímulo do universo para fazer com que tudo se ajeite! Um filho é uma luz na sua vida que te motiva a fazer sempre o melhor e da melhor forma possível!
  
Qual o lado bom e o lado ruim?
O bom é fazer o que você quer, do seu jeito com a sua cara. O ruim é que tudo depende de você!
  
O que é empreendedorismo materno para você?
É a busca da liberdade com a tranquilidade, e estas de mãos dadas com a garra, a cara e a coragem!

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Sem dúvida para ficarem próximas da cria.
  
Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Obviamente positivo. A maternidade é por si inspiradora e empreender é canalizar essa criatividade pulsante.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Organização, planejamento e estratégias de ação.

Gostou do trabalho da Silvia?
Entre em contato com ela!


Mães empreendedoras trazem Laura Gutman para o Brasil


Laura Gutman é argentina, tem graduação em Paris, em Psicopedagogia Clínica e mais tarde  especializou-se em temas de família. De orientação junguiana, formou-se com a renomada psicanalista Francoise Dolto.
É fundadora do "Crianza en Buenos Aires", uma instituição onde funciona uma escola de Capacitação para profissionais da saúde e educação, grupos de crianças para mães, doulas a domicílio para mulheres puérperas, terapias individuais e de casal e publicações sobre temas da maternidade e infância.

Ela virá ao Brasil para dois encontros - em Florianópolis e São Paulo - em setembro deste ano. Veja informações aqui.

A iniciativa é de um grupo de mães empreendedoras e blogueiras.

No blog do encontro, é possível ter mais informações e fazer as inscrições, pois as vagas são limitadas.

Um pouco mais sobre Laura Gutman
Fonte: Laura Gutman no Brasil

É autora de vários livros que exploram o universo da maternidade, os vínculos familiares e as dinâmicas violentas as quais os seres humanos sofrem. Alguns desses títulos são: "A Maternidade e o encontro com a própria sombra", “Crianza, violencias invisibles y adicciones” y “La revolución de las madres”. Colabora en revistas españolas y actualmente es editora de la revista “El mundo de tu bebé”.
De 1996 até o presente, formou mais de 300 educadores, médicos e profissionais em geral, para construir uma nova visão acerca do problema da violência social e oferecer ferramentas concretas para assumir, com maior consciência, o trabalho que compete a cada um de nós.  Através de múltiplos seminários, conferências, cursos e oficinas, na Argentina, Uruguai, Chile, Espanha e México difundiu sua tarefa a favor de vínculos mais felizes entre adultos e crianças.
Informações Adicionais: Seu  livro traduzido no Brasil é “A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra”. É um suporte  para que possamos pensar como mães que estão criando seus filhos, com nossas luzes e sombras emergindo e explodindo em nossos vulcões em chamas. Muitos aspectos ocultos de nossa psique feminina são desvelados e ativados com a chegada dos filhos. Estes momentos são, habitualmente, de revelação e de experiências místicas se estivermos dispostas a vivê-los nesse sentido tais e se encontrarmos ajuda e apoio para enfrentá-los. Também são uma oportunidade de reformularmos as ideias preconcebidas, os preconceitos e os autoritarismos encarnados em opiniões discutíveis sobre a maternidade, a criação dos filhos, a educação, as formas de criar vínculos e a comunicação entre adultos e crianças.
Há vários pontos de partida para a leitura: o mais evidente é a partir do “ser mãe”. Espero, também, que o livro seja interessante para as profissionais de saúde, comunicação ou educação que tenham contato com mães, cada uma esperando, com suas próprias ferramentas intelectuais, obter resultados convincentes no que se refere ao comportamento e ao desenvolvimento das crianças.
Com este livro, Laura Gutman convida as mães a fazerem  esta viagem juntas, preservando a liberdade de levar em consideração apenas o que nos seja útil ou possa nos apoiar.