Laura Lopez, da Amaternar |
Leia a seguir a íntegra da entrevista com Laura Lopez.
Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? como funciona? é você sozinha ou tem parcerias? como surgiu, por que, com qual motivação, a partir de que...
Laura: A Amaternar nasceu do sonho de ajudar outras mães a exercer uma maternagem gentil, respeitosa e dinâmica, por meio do incentivo ao aleitamento materno prolongado, visto que já foi comprovado cientificamente que a amamentação prolongada é importantíssima para o bom desenvolvimento do bebê, bem como para aprimorar o alicerce do relacionamento afetivo mãe-bebê. Nosso trabalho consiste em fazermos visitas a mães que nos solicitam para orientá-las em diversas questões relativas à amamentação, ajudá-las e apoiá-las. Uma vez que identificamos o ponto onde devemos trabalhar, buscamos, juntamente com essa mãe a melhor alternativa para ela e o bebê naquele momento. Nosso trabalho é individual, ou seja, analisamos cada caso individualmente, e não oferecemos as mesmas soluções pra todas, mas buscamos aquilo que naquela circunstancia vai gerar resultado positivo para aquela família. Portanto, todos os nossos produtos e serviços estão voltados a promover essa relação maravilhosa da mãe com o bebe. Unimos esse contato e orientação através de uma consultoria pessoal a produtos que oferecemos: bombas tira-leite, potinhos para armazenamento do leite, bolsas térmicas para transporte e outros, a fim de podermos dar também suporte físico à mãe que deseja amamentar pronlongadamente mesmo após o termino da licença maternidade.
A Amaternar já era um trabalho desenvolvido pela minha grande amiga Flavia Gontijo, que me convidou para trabalhar com ela em sociedade, o que para mim foi imensamente gratificante, pois assim eu poderia ajudar as mães a fazerem aquilo que eu mesma não consegui, por falta dessa orientação, de informação correta. Eu tive uma historia triste com a amamentação, por causa de um parto frustrante que tive, e do meu pós-parto surgiram muitos problemas, físicos e emocionais que culminaram num período curto de amamentação mal-sucedido. Essa grande dor emocional por não ter conseguido amamentar, algo que sempre planejei durante toda a minha gestação, me levou a buscar ajuda nessa área e a estudar profundamente as questões que envolvem o parto e a amamentação, para tentar entender o que aconteceu comigo, e o que eu deveria fazer dali para frente. Foi então que comecei a desenvolver esse trabalho junto com a Flavia, de incentivar e lutar pelo direito da mulher de amamentar, amamentar prolongadamente, e mesmo em público!
Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Antes eu era professora e tradutora de inglês, e ainda sou, ainda consigo conciliar isso com meu novo trabalho, embora me sinta muito mais tentada a me aprofundar ainda mais nos estudos dessa área de parto e amamentação, tanto que no fim desse mês farei o curso de doulas. Sim, eu acredito que consegui realizar o que queria empreender, pois mesmo não tendo conseguido eu mesma ter o parto e a amamentação que planejei, que sonhei, o fato de estar constantemente e diariamente ajudando mulheres que me procuram a realizar isso já é para mim tão gratificante como se eu mesma o tivesse realizado!
Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
As facilidades são o fato de eu poder contar com a minha própria experiência de mãe, ainda que com fatos negativos, para me auxiliar a mostrar as outras mães a importância do parto na amamentação, e a importância da amamentação na vida da mãe e do bebê. As dificuldades são de não poder estudar tanto tempo quanto gostaria, e de não poder fazer tantas visitas quanto gostaria, ou passar mais tempo fora de casa ajudando outras mães, por ter as responsabilidades da minha casa e do meu bebe que ainda é muito pequeno.
Qual o lado bom e o lado ruim?
O lado bom do empreendedorismo materno é que ele te ajuda a traçar novos horizontes, algo que te ajuda muito no pós-parto, pois por mais agradável que seja esse período, a chegada de um filho muda muito as prioridades da mãe, muda totalmente a sua visão da vida e de sua própria maneira de se comportar, e isso pode de certa forma trazer um sentimento de fracasso, ou de que a mãe nunca mais poderá ter sua vida de antes de volta... O empreendedorismo te ajuda a não se convencer disso, mas te mostra que você além de poder voltar a ter uma vida social e profissional, poderá realizar ambas com mais experiência e vontade, pois a tarefa de ser mãe vai te ajudar a conhecer o tempo certo de investir novamente em outras áreas, sem deixar de se dedicar à sua cria!
O que é empreendedorismo materno para você?
Empreendedorismo materno é você poder conciliar a carreira profissional com a vida de mãe, a rotina e a dinâmica da vida de mãe, sem que o lado profissional sufoque o seu entusiasmo de ser mãe, ou que, por outro lado, a cansativa rotina doméstica te impeça de realizar algo profissionalmente...
Na sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Bem, no meu caso como mãe, eu opto por esse tipo de trabalho porque mesmo antes de casar e ter filhos eu sempre planejei ter uma profissão que não interferisse no meu sonho de construir uma família. Eu sempre busquei um trabalho que me proporcionasse a realização profissional e ao mesmo tempo não atrapalhasse minha dedicação ao lar. Foi por isso que investi muito na profissão de tradutora bilíngüe, mas nunca imaginei que hoje estaria num ramo tão diferente, da humanização!
Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Acho algo extremamente positivo, desde que a mulher compreenda o que é e como se faz, que se sinta realizada nisso. Acho muito positivo porque, num mundo como o atual, onde as mulheres tem filho a tira colo, para as babas criarem, porque acham que ter filho e se dedicar a uma profissão não combina, é muito importante que possamos mostrar ao mundo que é possível sim, sermos ótimas e dedicadas mães e ao mesmo tempo realizarmos algo profissionalmente que nos complemente, nos engrandeça. Mas precisamos ser cautelosas para que o lado empreendedor não venha, ao longo do tempo, a roubar nossa dedicação a nossos filhos, ou nos tornar mulheres muito profissionais e menos maternais.
Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Eu diria que essa mãe busque realizar algo de que ela goste, que lhe engrandeça, que aprimore mais ainda o seu lado mãe, e que seja algo a que ela não tenha que se dedicar exaustivamente, para que ela possa conciliar o trabalho com a maternagem.
Eu diria que essa mãe busque realizar algo de que ela goste, que lhe engrandeça, que aprimore mais ainda o seu lado mãe, e que seja algo a que ela não tenha que se dedicar exaustivamente, para que ela possa conciliar o trabalho com a maternagem.
Gostou do trabalho da Laura?
Entre em contato com ela!
www.amaternar.com
ladolopez@gmail.com.
Visite nosso banco de contatos de mães empreendedoras e apoie a nossa campanha "Contrate uma mãe empreendedora".
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