segunda-feira, 22 de abril de 2013

Roberta comercializa produtos sustentáveis na AMA TERRA


Roberta Hipólito é formada em Matemática com informática. Antes do nascimento do seu filho, era analista de produção, trabalhava com processamento de dados e não tinha finais de semana ou feriados.

Quando Gabriel nasceu, ela fez as contas e resolveu se dedicar à família. Tentou empreender, mas não teve sucesso. E aí, veio a segunda gravidez. Um novo momento de dedicação exclusiva aos filhos somado a uma vontade de empreender, criatividade e muita pesquisa deram origem ao trabalho de Roberta junto à AMA TERRA Santo André.

A AMA TERRA é uma empresa especializada na comercialização de produtos sustentáveis tanto no varejo quanto no atacado, tanto em ambiente físico quanto virtual; e na divulgação de informações sobre sustentabilidade, tendo a internet como ferramenta catalizadora desse processo.

Leia mais sobre a história de Roberta na entrevista que ela concedeu ao nosso blog.

Ficha da mãe empreendedora
Seu nome: Roberta Fernanda Moreira Hipólito
Nome e idade do(s) filho(s): Gabriel (3a10m) e Bella (1a1m)
Nome da empresa e/ou atividade: AMA TERRA Santo André
Telefone: (11) 4902-1421
e-mail: santoandre@amaterra.com.br
website e/ou blog: www.amaterrasantoandre.com.br e www.facebook.com/NacaoSustentavel


Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Como funciona? 
Tenho uma loja virtual que comercializa produtos sustentáveis e de comércio justo, além disso tenho a página no Facebook, onde posto assuntos voltados a sustentabilidade e alguns produtos de comércio justo que não estão presentes na loja virtual, como confecção em algodão orgânico e produtos customizados por artesões locais. Comecei a operação no inicio de fevereiro de 2013, e estou ainda firmando algumas parcerias muito legais com outras mães empreendedoras e empresas que simpatizam com o conceito.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Antes do nascimento do meu filho eu era analista de produção, trabalhava com processamento de dados e não tinha finais de semana ou feriados, normalmente trabalhava um final de semana sim e outro não, se estivesse cobrindo férias ficava 40 dias direto sem folgas. Ou seja, quando voltei da licença maternidade percebi que não dava mais, não conseguiria levar a mesma vida de antes, não daria pra deixar meu filho em segundo plano de maneira alguma. Analisamos a situação e vimos que dava pra abrir mão do meu salário, só cortar os excessos que sempre tem e ficaria tudo bem. Conversei com meu chefe e ele aceitou me dispensar quando houvesse corte na empresa, demorou 1 mês talvez e finalmente veio minha demissão, acho que nunca ninguém ficou tão feliz em receber uma noticia como essa, meu filho estava com 7 meses e acho que foi quem mais gostou da ideia!!! A primeira coisa que fiz foi passar no berçário e cancelar a matricula dele, ficaríamos os 2 inseparáveis até os 3a3m, quando ele fez questão de ir pra escola, queria novos amigos e está muito feliz, o que me tranquiliza muito.
Quando ele completou 1 ano e meio tentei uma franquia na área de turismo, mas não foi o que eu esperava, na verdade a operação não era bem aquilo que tinham vendido pra mim, eu não podia ter ideias, e no final o franqueador não cumpria corretamente com o que havia prometido. No meio do caminho engravidei e resolvi me dedicar à nova gravidez e ao meu bebezão e acabei não dando seguimento quando venceu o contrato.
Já no final da gravidez começou a me dar um comichão, queria algo voltado a sustentabilidade, pensei numa loja virtual, já tinha ideias de quais produtos colocar, cheguei a contatar fornecedores, fazer curso no Sebrae, mas comecei a ver que, claro, não seria nada fácil e eu precisaria me dedicar muito, o que não seria possível em pleno pós-parto. A bebê nasceu e me peguei no meio do turbilhão, com meu filho mais velho demandando muito. Claro que me voltei totalmente à minha família, não era hora de empreender, engavetei o projeto.
Quando tudo se ajeitou a inquietação voltou, eu queria meu negócio, e comecei a procurar franquias que pudessem se encaixar na ideia que eu tinha inicialmente, e depois de muita pesquisa, conversa, análise do negócio, encontrei a AMA TERRA, que se enquadrava perfeitamente no que eu queria, e estou adorando, principalmente porque acredito muito no conceito.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
Não é fácil, não mesmo. Mas escolhi um negócio em que tenho flexibilidade de horários, organizo minha agenda de acordo com a das crianças e da família. Tem momentos em que acho que vou ficar louca, mas vale a pena porque a cada conquista eu me encho de orgulho, e sei que aquilo não me custou horas longe das crianças, não perdi a primeira palavra que disseram, o primeiro passinho, a primeira birra... E claro que o fato de ter um marido super parceiro, que me incentiva em todas as minhas ideias (malucas ou não), que divide comigo as responsabilidades com a casa e as crianças. Ele não acha que porque trabalho em casa tenho que dar conta de tudo, chega do trabalho e arregaça as mangas pra fazer o que eu não consegui durante o dia, acho que sem isso ficaria muito mais difícil.

Qual o lado bom e o lado ruim?
O lado bom é a realização, a questão de ter mais tempo com a família, essa flexibilidade de horários e agenda eu nunca teria trabalhando pra uma empresa por exemplo. O lado ruim eu ainda estou por descobrir, claro que ele existe, mas ainda não o enxergo com clareza.

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Acho que tem tudo a ver com poder ver os filhos crescendo, estar presente, poder cuidar de perto da educação, no meu caso a liberdade para amamentar em Livre Demanda é muito importante também.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Eu acho super positivo, aliás, depois da maternidade descobri algumas aptidões que eu nem sonhava que tinha me descobri uma ótima vendedora, tenho também certa habilidade para trabalhos manuais, enfim, descobri uma Roberta que talvez jamais apareceria se eu não tivesse tomado aquela decisão de deixar o emprego de carteira assinada.

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Totalmente, sem dúvida!

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Pesquisar bastante, procurar algo com o qual se identifique e acredite de verdade, tomar muito cuidado com os contratos, se possível consultar um advogado antes de assinar qualquer coisa.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Espaços de mães empreendedoras acolhem gestantes, mães e famílias


Quando nasce um bebê, nasce uma família. Nascem pais e mães que também precisam de cuidados especiais. Partindo desta ideia, espaços de cuidado e bem estar cuidam de gestantes e acolhem pais e mães oferecendo informações, atividades, atendimentos, produtos e serviços  para quem entra no mundo novo da maternidade, da paternidade e da família.

Não por coincidência, estes espaços são criados e geridos por mães empreendedoras. Ou ainda contam com a colaboração delas para existir e oferecer atividades. Em São Paulo, são espaços assim o Bem Gerar (Sorocaba), o GAMA (capital), o Espaço Nascente (capital) e a Casita (Santo Andre), além do Alegrias de Quintal (capital).

O Alegrias de Quintal foi idealizado e é gerido por Marina Bitelman. O espaço tem como objetivo “acolher e reunir mulheres, mães e gestantes para conversar sobre a maternidade, a gravidez, seus bebês, a relação do casal e outros assuntos importantes. Os encontros semanais são realizados com uma técnica especial que propicia o compartilhar de experiências e sentimentos, permitindo que seja criado um ambiente de confiança e trocas significativas entre as participantes. É um espaço criado para a mulher se expressar com liberdade e respeito”.

“No Alegrias de Quintal, todas as colaboradoras, funcionárias e gestoras são mães. Isso aconteceu naturalmente, pois mulheres bacanas que são mães e têm toda sintonia com a proposta de ser um espaço que acolhe e também que busca fortalecer, apoiar as mulheres que são mães. Elas compreendem melhor o que as participantes estão vivenciando e participam também, não são somente colaboradoras”, afirma Marina. Ela conta que assim, para além do conhecimento técnico, cada uma traz seu depoimento, o que tem funcionado para seu bebê/filho, o que não ajudou. “Os laços entre todas se fortalecem muito com isso. Os encontros são deliciosos! Adoro essa rede materna”, diz.

O Bem Gerar, em Sorocaba, foi idealizado por Carla Arruda. Trata-se de “um grupo de profissionais que acredita que a gestação, parto e maternidade são experiências transformadoras e que podem ser vivenciadas  de forma consciente, ativa e natural. Para isso, tem como missão atender de forma holística e humanizada as necessidades das gestantes, mães, bebês e famílias através de acolhimento, informação e prestação de serviços. Um grupo de mães, amigas e profissionais que se lançou no empreendedorismo materno com força e profissionalismo”.

Já a Casita, em Santo André nasceu da experiência de maternidade de Carla Capuano. “Convivência é o nosso dia a dia. Através das atividades na Casita, mães, filhos, pais e familiares convivem sentindo-se verdadeiramente em casa. A decoração, móveis, brinquedos e plantas têm sua história, como em casa”, informa Carla em seu blog.

Já o Espaço Nascente foi idealizado pelo pediatra Carlos Edurado Correa, o Cacá, mas a sua equipe conta com um time de mães empreendedoras. “O Espaço Nascente é um ambiente de acolhimento e reflexão. Nosso objetivo é dar atenção e oferecer acolhimento a estas novas vidas, promovendo uma reflexão sobre este momento tão especial, mas também promovendo atividades para todas as vidas envolvidas nele. Nossa missão é uma busca permanente por informar, acolher e compreender cuidadores de bebês e crianças, promovendo a infância, a maternidade, a paternidade e o cuidado de forma divertida e prazerosa”, informa o blog do espaço.

Por sua vez, o GAMA – Grupo de Apoio à Maternidade Ativa tem na direção Ana Cristina Duarte e Angelina Pita e também conta com a colaboração de outras mães e profissionais como as doulas. Sua missão é “promover uma atitude positiva, ativa e consciente em relação à maternidade”. E seus objetivos são “fornecer - a gestantes e profissionais - produtos e serviços de alta qualidade, que ajudem a promover uma atitude saudável e consciente em relação ao ciclo da gestação, parto e pós-parto”.

Estes são alguns espaços de mães empreendedoras, para mães empreendedoras e por mães empreendedoras. Se você conhece alguma outra experiência como estas, escreva pra nós e conte estas histórias. O blog é um espaço aberto para divulgação do trabalho e da experiência de mães empreendedoras.

Leia entrevistas e histórias relacionadas publicadas aqui no blog:

Entrevista com Marina Bitelman
Entrevista com Carla Arruda
Entrevista com Carla Capuano


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ação coletiva promove aleitamento materno

Estou envolvida em um novo "empreendimento": a página Amamentar é natural, do movimento @aleitamos.

Sim, ainda que seja voluntário e sem fins lucrativos, trata-se de um empreendimento de mães em parceria com o pediatra Carlos Correa, o Cacá.

Ele, eu, Camila Aragon e Sam Shiraishi  estamos mobilizando uma ação coletiva que tem como objetivo informar mães, futuras mães, pais e famílias sobre o aleitamento. Mais do que isso, queremos formar uma rede de pessoas que acreditam no aleitamento como nutrição, mas mais do que isso, como forma de vinculo entre a mãe e o bebê e a família.

Todo mundo pode participar, enviando depoimentos de amamentação, curtindo e compartilhando o que circula na FanPage do coletivo.

Mais sobre a ação

Esta é uma ação coletiva pró-aleitamento, que pretende reunir mães, pais, famílias, pediatras, profissionais da saúde, especialistas, doulas, obstetras e todos os seres humanos envolvidos com o processo da amamentação.
Mande sua história!

Descrição

Acreditamos que o leite materno é o melhor leite para o bebê e que mais do que uma fonte nutricional (que deve ser exclusiva até os seis meses e pode vir ser a principal até os dois anos) é amor líquido, oportunidade de vínculo e afeto e, por que, não, de momentos prazerosos.

Ainda que amamentar seja natural, é um processo para o qual a mãe deve estar preparada e precisa de todo apoio possível - desde seu companheiro ou companheira passando pelos familiares e até de profissionais especializados.

Em uma sociedade em que esta naturalidade é tão combatida pelos alimentos artificiais e pela medicalização do nascimento, queremos resgatar a verdade de que toda mulher pode amamentar.

Por isso, pretendemos formar uma rede de pessoas que compartilham destas ideias e que acreditam que contar histórias e trazer informações para outras mães, pais e famílias pode ser determinante para que outras histórias de amamentação sejam bem sucedidas e harmônicas.

Criamos esta página com o objetivo de compartilhar informações e depoimentos em um processo colaborativo.

Como participar

1) Enviando informações sobre o tema (de notícias a artigos acadêmicos) que possam contribuir
2) Enviando imagens e registros de amamentação.
3) Enviando relatos e depoimentos de aleitamento.
4) Enviando perguntas, que vamos mobilizar a rede e profissionais capacitados para responder.

Ressaltamos que ainda que profissionais de saúde integrem esta rede não é nossa intenção aconselhar ou prescrever. Nossa intenção maior é informar e acolher as famílias e promover o aleitamento como algo natural.