quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Na história de Vivi, o amor pela fotografia nasceu junto com a família

Vivi, Luiz e seus filhotes
Vivi descobriu a maternidade logo depois de perder a sua mãe. Este fato a marcou profundamente e, sem o apoio da sua mãe, ela foi buscar o sentido e o significado da maternidade para ela. Encontrou. E se encontrou.

Ao lado de Luiz, seu companheiro e pai de seus três filhos, ela trilha uma história de sucesso, registrando momentos em família: começando pelos casamentos e chegando à fotografia infantil. Ela e Luiz são técnica e sensibilidade juntas, unidos pelos seus filhos inspiradores: os balões que fazem a sua criatividade voar. A metáfora você entende melhor se ler a entrevista que Vivi concedeu ao nosso blog.

Nela, ela conta sua linda história e compartilha o que pensa sobre o empreendedorismo materno: “mães tem uma capacidade de superar tudo para ficar mais perto dos filhos, porque a primeira apresentação de balé é inestimável, e não há emprego que compense a ausência nesses momentos”, afirma Vivi.

Ela conta que conciliar trabalho e filhos hoje em dia é mais do que uma busca pessoal de cada mãe. É uma necessidade de todas. “Nossa geração não consegue mais ficar só em casa, fazer tarefas domésticas e cuidar dos filhos. Queremos mais! Estamos conectados o tempo todo, sentimos a pressão de ter que desenvolver algo, trabalhar, mas não queremos ter que deixar nossos filhos por isso, queremos estar com eles, participar da vida deles. Com o empreendedorismo materno isso se tornou possível”, diz. 

Confira esta entrevista tão especial!

Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Como funciona?
Vivi Manzur: Nossa historia é trágica e engraçada, motivadora sim e geradora de amor. Somos eu e o Luiz casados desde 2005. Casamos no ano seguinte da morte de minha mãe, que tem muito impacto, pois como era filha única, não consegui mais ficar só na UnB [Universidade de Brasília]. Precisava trabalhar e... bum! Quando vi, estava grávida!! Casamos e assumimos uma casa, um lar com suas dificuldades e contas [risos]. O Luiz e eu fazíamos Medicina Veterinária. Ele se formou, mas dava aulas para vestibulandos e tirava fotos em agências para conseguir se sustentar. Eu larguei tudo porque achei que ninguém poderia cuidar de meu filho, só eu. E como não tinha a ajuda da minha mãe, sofri muito, com saudade e também com toda essa nova rotina, pois antes eu vivia na Unb. Fui vice-presidente do Centro Acadêmico de veterinária e não parava quieta! Agora tinha que ficar em casa, e descobri algo muito maior: o amor de mãe.
Foi maravilhoso. O Luiz, um paizão, mas cansada e estressada de ficar em casa fui fazer um curso de cerimonial de casamentos e comecei a trabalhar com isso. Coloquei o Luiz para fotografar alguns casórios, e começamos a fotografar um monte de coisas. Com isso, ganhamos alguns prêmios na área que vieram em forma de equipamentos fotográficos, e isso nos deu um gás e eu resolvi aprender a fotografar em lugar de apenas ficar dando pitaco e dirigindo as fotos, afinal o olhar da mulher é bem diferente (nós sabemos disso). E encontramos uma fórmula maravilhosa: trabalhar juntos! Ele me ensinava a técnica e eu a sensibilidade (afinal essa pessoa é um posso de emoção! [risos]).
Com isso, veio a gravidez da Luiza. Tive rubéola com 10 semanas e fiquei de cama. Não sabia como ela nasceria (nasceu perfeita!) e abandonei um pouco esse novo projeto, mas fotografava dia e noite meus filhos. As coisas mudaram. Luiza e Dudu crescendo, e a chance de poder estar com eles e ainda assim trabalhar era nossa motivação.
Montamos nosso estúdio, crescemos bastante na área de casamentos, eu grávida da Juliana, fazia casamento todo fim de semana, abaixava, pulava, tudo por uma boa foto e as noivas ficavam com medo de eu ter a menina ali [risos].
Aprendi a deixar mais meus filhos, a buscar ajuda de babás, a buscar escolas, aprendi e amadureci que eles são indivíduos e precisam crescer e não ficar debaixo das minhas asas.
Fui para São Paulo, fiz um curso com uma americana, especializada em fotografia infantil, me especializei, me realizei, achei!
Agora tenho um horário mais flexível, cuido do marketing do estúdio (às vezes faço em casa mesmo ouvindo todo barulhinho das crianças). Temos uma estrutura melhor, muitos cursos, e especializações e estou crescendo na área infantil, com um diferencial que acho na verdade que é uma motivação: amo o que faço, amo crianças e famílias, sou a favor da família, propago isso, amo compartilhar com mães, por isso tenho o blog e grupos no Facebook. Conheci pessoas maravilhosas, mães e história de emocionar, e estou cada vez mais realizada.
Minhas parcerias são as mães, são as blogueiras, são meus filhos que curtem o que fazemos. O Dudu diz que vai ser "fofógrafo" [risos]. Já sabe enquadrar a foto, segurar o equipamento e alguns recursos (com 6 anos).
Nossa logomarca representa o que somos: eu e o Luiz, a máquina suspensa por três balõezinhos (que representam nossos três filhos que levam nossos sonhos para cima, que nos motivam e nos impulsionam).

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
No começo meu trabalho era mais sentimento, hoje alio a técnica, me sinto segura no que faço, já consigo controlar as emoções.
Empreender é bom demais, nascemos empreendedores, sonhar motivar, é muito gostoso. Realizar é difícil, mas é como quando você consegue enfim fazer o neném dormir a noite toda [risos]. Estou realizando a cada dia, porque os pensamentos não param. A criatividade aflora. Hoje estou fazendo álbuns artesanais (aqueles costurados) que casou direitinho com a fotografia e é uma baita terapia! 

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
A dificuldade é deixar os pequenos: uma empresa também é um filho precisa de nós, e é difícil ponderar casa e empresa, acaba que tudo se mistura um pouco. 

Qual o lado bom e o lado ruim? 
O lado bom é a flexibilidade de tempo, eu faço meu horário, e meus filhos estão em primeiro lugar. O lado ruim é que às vezes, muitas vezes, o trabalho vai madrugada adentro , é cansativo, nos exige alguns sacrifícios.

O que é empreendedorismo materno para você?
Pra mim é colocar os filhos e a família na frente da carreira, é conseguir juntar as duas coisas. Ser mãe é sim a maior realização e podemos como mães realizar grandes coisas profissionais, criar, e não se sentir inútil em casa, ou com a sensação de culpa porque tenho que deixar meu filho para trabalhar. 

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Porque mães tem uma capacidade de superar tudo para ficar mais perto dos filhos, porque a primeira apresentação de balé é inestimável, e não há emprego que compense a ausência nesses momentos.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Eu acho o máximo! Acho o máximo essa blogsfera materna, essa união que lutamos pelos mesmos valores, que compartilhamos e nos ajudamos! 

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Essa conciliação é necessária. Nossa geração não consegue mais ficar só em casa, fazer tarefas domésticas e cuidar dos filhos. Queremos mais! Estamos conectados o tempo todo, sentimos a pressão de ter que desenvolver algo, trabalhar, mas não queremos ter que deixar nossos filhos por isso, queremos estar com eles, participar da vida deles. Com o empreendedorismo materno isso se tornou possível.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Motive-se , não desista, envolva sua família, tem que ser uma decisão junta, mas não desista: é um modo de vida, um novo modo, que lhe fará muito bem! 

Gostou do trabalho da Vivi?
Entre em contato com ela!
Vivi e Luiz Foto
(61) 32420230 ou (61) 91275183      

2 comentários:

  1. Vivi é especial, com essa família toda a tira colo e o Luiz junto. Família 10, profissionais sensacionáis.

    Bjs

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