terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ursula: de educadora a distância a mãe empreendedora presente!

Ursula e Marina
Ursula Fernal é uma mãe empreendedora recente. Mas já tem na ponta da língua um dos motivos que move as mães a optarem pelo empreendedorismo como sistema de trabalho: a falta de condições do mercado de trabalho “tradicional”: “Infelizmente, em nosso país ainda não há apoio suficiente para as mães no mercado de trabalho. Quando em uma entrevista, por exemplo, é dito que se tem um filho pequeno, logo vem a preocupação de com quem ficará e como será se ficar doente”, afirma.

A mãe de Marina (10 meses) está – junto com sua mãe – à frente da TrinKa Brasil: Nome forte para pequeninos grandes - Roupinhas Diferentes para Bebês de 03 meses a 2 anos. 

Educadora de formação, ela antes (e desde 2004) trabalhava com educação a distância e atuou em uma grande corporação de 80 mil funcionários, desde 2009. “Um pouco antes de acabar a minha licença de apenas quatro meses, eu realmente sabia que não queria voltar para o mundo corporativo e deixar a minha filha. Mas também sabia que, como uma workaholic, não ficaria sem trabalhar jamais”, relembra.

Foi quando, segundo ela, naturalmente, sua mãe (que já trabalhava com confecção e fez todo o enxoval da neta) resolveram unir forças e lançaram a Trinka Brasil. Para Ursula, empreendedorismo materno é o que vem conseguindo fazer à frente da empresa e nos cuidados com a pequena Marina. “É ter ou estar a frente de seu próprio negócio podendo conciliar o melhor "negócio" de todos: A MATERNIDADE!”.

Ela deixa alguns conselhos para outras mães que desejam empreender: “Primeiro de tudo: não ter medo! O medo paralisa! Acreditar em si mesmo e mostrar à família e amigos que tem algum dom (descobrir qual é, claro!) e contar com o apoio das pessoas. E o famoso clichê é sempre válido: não desistir!”.

Veja a entrevista completa de Ursula para o nosso blog.

Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Como funciona?
Ursula: Minha mãe, Iolanda, tem uma confecção há mais de 20 anos. Sua especialidade era roupas femininas e também uniformes, mas como ela é muito criativa, chegou a desenvolver uma marca de roupas de academia e sempre inovou neste mercado. Prova disso é que quando eu fiquei grávida, ela, claro, criou a maioria das minhas roupas e aí também descobriu mais uma aptidão. Logo na sequência começou a fazer umas roupinhas para a netinha, que na época nem sabíamos que era uma menina! Quando Marina nasceu já tinha um enxoval completo feito pela vovó!

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Eu sou educadora e trabalhava com uma paixão que é a Educação a Distância desde 2004, mas sabia que quando engravidasse daria um tempo na carreira para me dedicar ao meu filho, no caso, filha. Trabalhava em uma empresa com 80 mil funcionários, desenvolvia treinamentos, era muito cobrada (sei que era uma boa profissional também), tinha hora para entrar, mas não para sair, ganhava um salário razoável e vivia eternamente estressada. Logo que descobri que estava grávida, já avisei a minha chefe que não voltaria. E assim foi!
Um pouco antes de acabar a minha licença de apenas quatro meses, eu realmente sabia que não queria voltar para o mundo corportativo e deixar a minha filha. Mas também sabia que, como uma workaholic, não ficaria sem trabalhar jamais. Foi quando naturalmente minha mãe e eu resolvemos unir forças e lançarmos a marca TrinKa Brasil - Nome Forte para Pequeninos Grandes, agora especializada em Roupinhas Diferentes para Bebês de 03 meses a 2 anos. Ainda estamos começando, mas já posso dizer que estou realizada! Afinal, estou perto das pessoas que mais amo no mundo, trabalho com algo que gosto (sempre pensei em trabalhar com moda, mas acho que o "medo" de competir com minha mãe me distanciou um pouco deste caminho que retorno agora) e ainda sou dona do meu nariz!

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
As facilidades são as citadas acima: estar perto da minha filha, fazer meus horários, ter livre arbítrio para as escolhas. No entanto, as dificuldades são inúmeras: precisar de capital para investir, apoio familiar, principalmente, do marido, para tomar decisões, realizar ações e ter um help nos cuidados com a filhota. Há ainda a questão que a minha mãe mora no interior de São Paulo, a quase 700 km de distância de mim e sua confecção está lá, porém é aqui que encontramos a maior parte da matéria-prima. Falando em matéria-prima, tem também a mão de obra e a captação de clientes. Enfim, toda uma estrutura (nem vou entrar em detalhes quanto à estrutura física propriamente dita), organização (do tempo, do empreendimento) e administração do negócio, pois estes itens são duramente difíceis.


Qual o lado bom e o lado ruim?
Olha, não sei se é porque ainda estou no começo e com o calor das emoções, mas pra mim só tem tido lado bom mesmo com as dificuldades que acabei de citar e tantas outras, acho que só vale para melhorias e para chegar ao lado bom!

O que é empreendedorismo materno para você?
É ter ou estar a frente de seu próprio negócio podendo conciliar o melhor "negócio" de todos: A MATERNIDADE!

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Acredito que, infelizmente, em nosso país ainda não há apoio suficiente para as mães no mercado de trabalho. Quando em uma entrevista, por exemplo, é dito que se tem um filho pequeno, logo vem a preocupação de com quem ficará e como será se ficar doente e tal. Parece também que mães e mulheres são sempre menos produtivas que homens, o que vamos combinar que não é verdade, não é mesmo?! Mas este é assunto pra outro tema! 

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Completamente positivo! Já estamos em 2012 e muito foi conquistado, mas falta mais ainda. Porém, acho que é desta forma que vamos cada vez mais abrindo espaço no mercado de trabalho, mostrando que somos capazes de gerenciar e criar e que podemos inovar e melhorar a economia deste País.

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Sem dúvida alguma! Quer um exemplo mais surreal do meu trabalho antigo? Eu era educadora a distância, mas tinha de bater cartão na empresa todos os dias sendo que o software que eu utilizava para desenvolver os cursos podia ser acessado de qualquer lugar do mundo. Que tipo de EaD é esta? E isso é assim na maioria das empresas.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Primeiro de tudo: não ter medo! O medo paralisa! Acreditar em si mesmo e mostrar à família e amigos que tem algum dom (descobrir qual é, claro!) e contar com o apoio das pessoas. E o famoso clichê é sempre válido: "não desistir!"

Gostou do trabalho da Ursula?
Entre em contato com ela!
(11) 9639-2446      

5 comentários:

  1. Valeu Úrsula! Já postei no meu Facebook!

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  2. Parabéns Úrsula. A Marina é linda! Certamente a TrinKa Brasil vai ser um sucesso. Beijos, saudades...

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  3. Úrsula, que vc sirva de exemplo para muitas mães que ainda possuem o dilema carreira/maternidade!Já estou procurando meu dom.
    Sucesso!!

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  4. Parabéns e sucesso!!! To precisando muito dessa força e da coragem de não desistir.

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  5. Falou tudo!!! Sucesso para trinka.
    Luciana Oliveira

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