Carolina Furtado é publicitária, e a onda criativa da maternidade a fez
conciliar a mudança com um conhecimento adquirido previamente. Durante a
licença, ela se especializou em design gráfico e criou a Mil & Uma Design. Começou personalizando
festas infantis e agora seu foco está na área de criação de identidade visual e
peças de comunicação para autônomos e pequenos empresários.
Leia mais sobre a história da Carol na
entrevista que ela concedeu ao nosso blog.
FICHA DA MÃE
EMPREENDEDORA
Nome: Carolina Rodrigues Alves Rezende Furtado
Nome e idade do(s)
filho(s): Tomás 01 ano e 09 meses
Nome da empresa
e/ou atividade: Mil & Uma Design
E-mail: carolinar@gmail.com
Website e/ou blog: www.mileumadesign.com.br
Blog EM: Conte um
pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Como funciona?
Carol: Com a chegada do meu filho, decidi que era
hora de mudar também no campo profissional e buscar uma alternativa que me
permitisse acompanhar o crescimento dele mais de perto e assim nasceu a
Mil & Uma Design.
Sou publicitária, sempre trabalhei e gostei da
área de comunicação. E foi assim que, durante a licença maternidade,
me especializei em Design Gráfico e agora estou estudando Web Design. Dessa
maneira, pude conciliar os conhecimentos adquiridos ao longo de anos
trabalhando na iniciativa privada com habilidades técnicas que me permitem
desenvolver o trabalho de forma mais completa.
Comecei fazendo personalização para festa
infantil e isso me colocou em contato com tantas outras mães que, assim como
eu, enxergaram na maternidade a chance de mudar. Nesse momento, percebi uma
oportunidade, pois vi que muitas delas começam o seu negócio, mas não tem
conhecimento e nem orçamento para arcar com os custos de uma agência de
publicidade para desenvolver uma logomarca, um cartão de visita, um folder...
Foi ai que eu vi que eu poderia ser útil. Hoje não faço mais personalização de
festas para poder focar com exclusividade nessa área de criação de identidade
visual e peças de comunicação para autônomos e pequenos empresários.
Como era seu
trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queriaquando resolveu
empreender?
A principal diferença que eu sinto é a
flexibilidade, que antes eu não tinha e agora eu tenho justamente por trabalhar
em casa. Faço meu horário de acordo com a rotina do meu filho. Posso levá-lo ao
parquinho, andar de bicicleta, sentar no chão da sala e brincar de massinha sem
preocupação, pois sei que quando ele estiver dormindo poderei fazer os
trabalhos pendentes. E sei que é um grande privilégio poder viver esses
momentos.
Quais as
facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
No meu caso a facilidade é saber que tenho o
apoio da minha família nesse projeto, pois todos entendem que, ao abrir mão do
meu trabalho, eu fiz uma escolha pensando no bem do Tomás. E que como toda
escolha tem seu lado bom e ruim, saber que tenho o suporte da minha família me
ajuda muito.
Em termos de dificuldade penso que o cansaço
de conciliar a rotina da criança e todos os cuidados em torno dela com as
demandas de trabalho.
Qual o lado bom e o
lado ruim?
O lado bom sem dúvida é estar junto do meu
filho. Quando fiz essa escolha optei também por não ter babá, eu queria
fazer tudo. Poder levá-lo na aula de natação, ver a alegria dele na primeira
vez que o coloquei para brincar em uma gangorra, estar presente pra dar aquele
abraço quando ele cai e se machuca...
O lado ruim pra mim foi a diminuição da renda.
Hoje, em um mês de muito trabalho, ganho 1/3 do que ganhava no meu trabalho
anterior. Abrir mão do conforto de poder comprar sem ter que pedir ajuda pra
ninguém ainda é uma questão difícil pra mim.
O que é empreendedorismo
materno para você?
É a vontade das mães de buscar o equilíbrio.
Vejo que estamos vivendo um momento onde as mulheres querem ser diferentes
daquela geração criada para casar e ter filhos, mas também estão repensando se
vale a pena abrir mão da família em prol de um emprego ou um cargo em uma
grande empresa. E isso é muito bacana, mas também muito difícil! Mas acho que é
o caminho. O emprego dos sonhos, aquele cargo gerencial passam... trabalhei por
muitos anos em uma empresa que hoje nem existe mais! O que eu aprendi é
que o que fica mesmo é o relacionamento que criamos com as pessoas,
com a nossa família, com os nossos filhos. Isso sim é pra sempre.
Em sua opinião, por
que as mães optam por este formato de trabalho?
Justamente para poder viver o seu lado mãe sem
culpa, de maneira inteira e completa.
Você acha este
fenômeno algo positivo ou negativo para a vida dasmulheres?
Sem dúvida é muito positivo.
É um modo
sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Acredito que sim
Que dica daria a
quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Primeiro é pensar muito bem na sua escolha,
conversar com a sua família, com o seu companheiro, com outras mães
empreendedoras. Pense sempre que tudo em seu lado bom e ruim e amadureça a
ideia de como você vai lidar com o lado ruim. Estando tudo isso
muito claro dentro de você, fica mais fácil. Porque, é fato, tem dia que você
vai se questionar, vai pensar se tomou a decisão certa.
Outra dica: busque desenvolver uma atividade
que goste e que já tenha alguma habilidade. Com certeza começar algo que já tem
conhecimento ou vivência é mais fácil do que partir do zero.
Parabéns, Carol.
ResponderExcluirTudo que você faz fica lindo, e olha que
sou freguesa, rs.
Bjks pra vocÊs e pro fofo Tomás.
Tia Carminha