quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Erika tece a maternidade como a vida: multiplicando!

Erika e a filha, Maria
Erika Li é multi. A maternidade de Maria a inspirou a se multiplicar para ser mãe de outras ideias e de diversos projetos de vida. Multitarefas, multifuncional, multimarcas, multitudo... Erika divide seu tempo entre a maternidade consciente e o trabalho estressante de administração de quatro negócios. Estressante, mas feliz: “absolutamente feliz por fazer algo por mim, pela Maria, pelas crianças cujos olhinhos brilham quando ganham uma capa de cavaleiro ou uma fantasia de princesa ou de fadinha”, afirma.

Ela é idealizadora do ateliê de peças exclusivas e sob medida, Erika Li; do ateliê de roupas infantis, Maria Lili; da consultoria de estilo Terapia do Vestir e da marca de fantasias e peças lúdicas, Contos de Vestir. Ufa! Contar a história de Erika é de tirar o fôlego...

Isso, porque não podemos esquecer de voltar um pouco no tempo. Em paralelo com o trabalho que exercia na área de comunicação (que largou para tocar seus negócios maternos), ela foi DJ de black music por 10 anos. “Cheguei a atuar como DJ junto ao [apresentador] Otaviano Costa na Record num programa jovem chamado Domínio Publico em 2001 e 2002. Parei de discotecar quando engravidei, pois ser mãe sempre foi prioridade na minha vida e as duas atividades não casariam”, relembra.

Formada em propaganda e marketing, ela conta que sempre fez muitas coisas ao mesmo tempo, mas “a maternidade trouxe uma consciência muito grande da responsabilidade de cuidar de um outro ser, e conciliou com a minha necessidade de, depois de tanto trabalhar e me doar ao outro, cuidar de mim, da minha filha e ter algo, um negócio meu pra me dedicar”. O negócio, no singular, virou um conjunto de negócios, no plural. Se não fosse assim, não seria Erika.

O visual de Erika depois de
cortar  o cabelo segundo
o conceito de visagismo
Primeiro, ela criou o ateliê Erika Li, depois o Maria Lili e o Terapia do Vestir. Em 2010, depois da formação de visagismo com Philip Hallawel, integrou os serviços de visagismo e consultoria de estilo. “E como eu gosto de me envolver em projetos, em junho de 2011, criei a Contos de Vestir”, enumera Erika.

Ela explica que sua principal motivação foi a filha Maria. “Quando engravidei, trabalhava tanto, mas tanto, que ela quase nasceu prematura, de sete meses e meio. E isso mexeu muito comigo. Fui obrigada a entrar em licença maternidade antes do tempo e nesse momento, comecei a pensar no que eu poderia fazer após o nascimento dela. Comecei fazendo listas do que eu mais gostava, e sempre me via às voltas com tecidos e aviamentos. Aí nasceu a marca Érika Li e depois a Maria Lili”, recorda.

E ela conseguiu o que queria ao optar por empreender. Para ela, empreendedorismo materno é isso: “conciliar nossas competências profissionais com o exercício de uma maternidade consciente”.

Erika avalia que mães empreendedoras deveriam receber mais incentivos ao trabalho e deixa como dica para aspirantes a empreendedoras: “Acredite no seu sonho e se organize para fazer as coisas acontecerem. Disciplina é essencial”.

Não é de se dispensar o conselho valioso de uma multi-mãe como Erika! Para saber outras dicas e conhecer melhor sua história, leia a íntegra da entrevista que ela concedeu ao nosso blog.

Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Como funciona?
Erika
: Tenho um ateliê de peças exclusivas e sob medida, que leva o meu nome: Érika Li. Essa iniciativa surgiu num momento de muita insatisfação num trabalho que eu exerci por 13 anos na área de comunicação promocional como gerente de contas.
Como sempre gostei de moda, de desenhar, de fazer minhas próprias roupas, em 2006 arrisquei entrar nessa área numa sociedade de uma loja na Vila Madalena que durou pouco, mas que serviu para eu perceber que era realmente com isso que eu gostaria de trabalhar. Após a sociedade, acabei voltando para o mercado de comunicação, mas com o projeto do ateliê em paralelo, e em 2008 tomei coragem e larguei a agência e passei a ficar totalmente focada no ateliê.
E assim, surgiu também o projeto do ateliê de roupinhas infantis, chamado Maria Lili, em homenagem à minha filha Maria. No ano seguinte, em 2009, comecei a ser solicitada pelas clientes do ateliê para ajudá-las na criação de figurinos para festas, com dicas de como se vestir para determinadas ocasiões, de que peças seriam mais adequadas para o biotipo, etc; e assim nasceu a Terapia do Vestir, consultoria de estilo. E em 2010, depois da formação de visagismo com o Philip Hallawel, integrei os dois serviços: visagismo e consultoria de estilo, pois a consultoria começa com o visagismo.
E como eu gosto de me envolver em projetos [risos], em junho de 2011, criei a Contos de Vestir, uma marca de fantasias e peças lúdicas, mas daquele jeito que eu imaginava quando eu era criança. Sempre via as crianças fantasiadas com vestidos pesados, ou “piniquentos”, quentes, e acho que a criança fantasiada precisa vivenciar aquilo que está “criando” no momento e a vestimenta precisa acompanhar a imaginação dela, sendo principalmente confortável, gostoso, farto e belo.
Portanto, toco sozinha quatro marcas. Tenho parcerias nos ateliês; minha mãe é minha modelista (e quem me iniciou no universo das costurinhas ainda adolescente) e tenho costureiras que fecham as peças. Na consultoria de estilo, tenho parceiros cabeleireiros que trabalham comigo na parte do visagismo. Os meus sites foram desenvolvidos por uma parceira designer e tenho parceiros também para alguns produtos que desenvolvo com a marca Contos de Vestir.

Qual foi sua grande motivação?
A principal motivação foi a Maria, minha filha. Quando engravidei, trabalhava tanto, mas tanto, que ela quase nasceu prematura, de sete meses e meio. E isso mexeu muito comigo, muito mesmo. Fui obrigada a entrar em licença maternidade antes do tempo, para cuidar da saúde dela e da minha, pois estava completamente estressada. E nesse momento, comecei a pensar no que eu poderia fazer após o nascimento dela. Comecei fazendo listas do que eu mais gostava, e sempre me via às voltas com tecidos e aviamentos. Aí nasceu a marca Érika Li e depois a Maria LIli.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Antes, eu era completamente estressada, insatisfeita por trabalhar de dez a doze horas por dia para o outro, sem construir nada pra mim, para minha satisfação. E hoje eu continuo estressada [risos] com tanta coisa que eu tenho pra fazer e tocar, mas absolutamente feliz por fazer algo por mim, pela Maria, pelas crianças cujos olhinhos brilham quando ganham uma capa de cavaleiro ou uma fantasia de princesa ou de fadinha. Todos os projetos me trazem satisfação. A consultoria por poder auxiliar as pessoas a se verem como elas são e se aceitarem; aceitarem a sua beleza particular. Cada vez mais sinto que era exatamente isso que eu deveria ter feito. 

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
Acho que encontramos pessoas no mesmo momento e podemos trocar experiências, trabalho e conquistar novas amizades. As maiores dificuldades são em relação à administração do tempo. No meu caso, são tantos afazeres, que me desdobro muito para conseguir coordenar tudo.

Qual o lado bom e o lado ruim?
O lado maravilhoso é a flexibilidade e a possibilidade de estar próxima da Maria, sentir e perceber as suas necessidades. O lado ruim é a instabilidade financeira, o que exige muito planejamento; e a necessidade de estar sempre bem para tocar os negócios, pois eles estão centralizados na minha pessoa; além disso, tem uma questão na qual acho que todas esbarramos: a organização e a disciplina quando trabalhamos num esquema alternativo. Acabo trabalhando muito!! Não tenho hora pra acabar, nem diferencio finais de semana. A gente trabalha muito mais.

O que é empreendedorismo materno para você?
É conciliar nossas competências profissionais com o exercício de uma maternidade consciente. Não conseguiria me imaginar trabalhando tão longe da minha filha por nove, dez, doze horas. Dessa forma, mesmo com o tempo corrido e apertado, estamos juntas no trajeto da escola, no almoço, algumas tardes, e assim consigo participar da vida dela, sei o que ela está fazendo e do que está brincando.

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Para ficar mais próximas dos filhos e para isso precisa ser num esquema diferenciado ou alternativo.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Altamente positivo, mas passamos por uma fase de adaptação no início. Temos que aprender a lidar com o tempo, com a ausência do salário fixo, com as exigências que acabamos fazendo em relação à nossa atuação.

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Deveria ser né? Acho que é sim, mas como todo negócio, temos que ter paciência e acreditar muito para fazer as coisas acontecerem. Acho também que a gente poderia ter mais incentivo.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Acredite no seu sonho e se organize para fazer as coisas acontecerem. Disciplina é essencial.

Gostou do trabalho da Erika?
Entre em contato com ela!
www.erikali.com.br
www.marialili.com.br
www.terapiadovestir.com.br
www.contosdevestir.com.br

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