sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pioneira, Marot concilia filhos e carreira há 18 anos

A pioneira Marot
Marot Gandolfi é uma pioneira. Há 18 anos, quando os home offices ainda não eram uma realidade tão constituída, ela teve seus filhos e investiu em uma carreira tocada de casa. “A mulher acumula muitas funções. Temos um perfil de multitarefas e temos que aproveitar isso. Não é preciso abrir mão de ser uma mãe dedicada em detrimento de ser uma profissional capaz e de sucesso. Depende do que você quer e de como você faz. Eu faria tudo novamente”, atesta ela, que está à frente do Multifoco Group, empresa de Comunicação e Marketing.

Para empreender, segundo ela, a pessoa tem que ser acima de tudo responsável e persistente. “Não desista”, ela diz. “Faça um plano de negócios, tenha foco, organização”, afirma, acrescentando que é preciso muito comprometimento. Isso porque, para Marot, ser empreendedora é ser mãe e profissional ao mesmo tempo sem prejudicar nenhum dos lados.

Para ela, empreender é altamente positivo, porque é “uma aventura ter filhos pequenos e ao mesmo tempo ter que se fixar em horários pré-estabelecidos”. Isso sem falar que “é excelente para a criança – ela aprende a ter autoconfiança, ser independente sem ter alguém full time fazendo tudo por ela”.

Não é fácil, mas o reconhecimento vem. E - em certo momento -, vem da própria vida. É um alento para a síndrome do ninho vazio, quando os filhos saem de casa, segundo Marot. “É a melhor alternativa para não abrir mão de seu lado profissional”, afirma.

Marot contou a sua história em entrevista o nosso blog. Confira!

Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Como funciona?
Meu trabalho é em Assessoria em Comunicação e Marketing. Tenho uma sócia e funcionamos no sistema de home office. Quando adotei este sistema, há quase 18 anos, enfrentei muitos preconceitos como seu meu trabalho não fosse profissional o bastante por estar trabalhando em casa. Hoje, não existe mais isso e, ao contrário, a flexibilidade nos horários e uma redução nos custos para o cliente são levados em consideração. Eu tinha um sonho de trabalhar por conta própria. Quando surgiu a oportunidade, aproveitei. Por isso, me encorajei a engravidar pela segunda vez.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Eu me sinto muito mais realizada agora do que quando trabalhava num emprego “convencional” – regime de CLT. Não só me realizei como superei minhas expectativas, hoje somos uma equipe com seis pessoas.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
A facilidade é a flexibilidade de horários. A pessoa que quer ser empreendedora tem que ser acima de tudo responsável. Quando você sai para levar o bebê ao pediatra, você vai compensar esta ausência do trabalho em outro horário. A dificuldade que eu nem sei se encaro desta forma, é que você tem jornada dupla, mas nós mulheres estamos acostumadas com isso e sabemos dividir nossos horários, fazendo tudo bem feito e ainda de salto alto e batom. Trabalhei até o dia em que a Beatriz nasceu.  Voltei a trabalhar no quinto dia  após o seu nascimento (e não tinha babá, avó...).  Isso foi possível, porque eu trabalhava em casa. Se fosse no esquema convencional, teria tirado licença, férias...

Qual o lado bom e o lado ruim?
O lado bom é poder acompanhar o crescimento do seu filho, ter flexibilidade em horários e extrema realização. O lado ruim é que não é possível prever quanto vai entrar de dinheiro e ultrapassar o horário de  trabalho.  Nunca trabalhei apenas oito horas por dia. Sempre muito mais.

O que é empreendedorismo materno para você?
É poder ser mãe e profissional ao mesmo tempo sem prejudicar nenhum dos lados, basta organização, foco e determinação. Não abrir mão de ser mãe nem de ser profissional.

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Porque é uma aventura ter filhos pequenos e ao mesmo tempo ter que se fixar em horários pré-estabelecidos. É a melhor alternativa para não abrir mão de seu lado profissional.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Positivo, sem dúvida. Além do reforço no orçamento da casa, depois que os filhos crescem surge a Síndrome do Ninho Vazio: “E agora, meus filhos cresceram, para que eu sirvo?”. Isso sem falar que é excelente para a criança – ela aprende a ter autoconfiança, ser independente sem ter alguém full time fazendo tudo por ela.  Fazemos tudo juntos. 

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
No início, é um pouco difícil. É preciso ser persistente, mas depois, de uma carteira de clientes feita, é como qualquer empresa.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Não desista. Faça um plano de negócios, tenha foco, organização. É como montar uma empresa em qualquer lugar do mundo, não tem mágica – tem que ter comprometimento.

Gostou do trabalho da Marot?
Entre em contato com ela!
Marot Gandolfi
(11) 9931-1430      

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