terça-feira, 31 de julho de 2012

Bia anda de mãos dadas com seu sonho. Ou melhor, dá carona pra ele!


Bia e Ravi
Antes de seu filho Ravi nascer, Bia Penaforte estudou, leu muito, se informou sobre a importância do colo para o bebê. Depois que já tinha ele nos braços, teve um problema com o sling (carregador de bebê) que usava, e resolveu: faria seus próprios slings. O empreendimento materno, para ela, veio para que pudesse andar de mãos dadas com seu sonho de ser mãe. Mais do que isso, para ela poder dar carona para ele, todos os dias, no seu colo. Assim, surgiu a Carona Baby. 

O nome da loja também é inspirado na trajetória de Bia, que andou muito por este país afora!

O que começou como um negócio para dar conta de necessidades próprias, hoje já é o trabalho de Bia, que conta com a ajuda preciosa da família. A Carona baby já produz mais do que slings. “Começamos com slings de argola e hoje produzimos wrap e sling de banhos (piscina e praia). Temos também uma linha integrada à aromaterapia com almofadinhas aromáticas, sachês, aromatizadores e difusores de ambientes, lembrancinhas e oferecemos serviços para mães, gestantes e bebês como reiki, florais de bach, aromaterapia e muito mais”, explica a mãe empreendedora de Fortaleza (CE).

Ela conta que só vê vantagens em empreender. No entanto, chama a atenção para uma questão séria, uma condição certamente partilhada por outras mães. “Nem sempre quem trabalha em casa ou por conta própria é compreendido como profissional e nem sempre é levado a sério”, afirma Bia. “Sofri um pouco com meu esposo que não compreendia no começo que o fato de eu trabalhar em casa não descaracterizava meu trabalho. Não é menos sério ou importante por isso. Parece que por que você estar em casa ou sempre no computador não é cansativo, que por você não ter horários fixos é mais leve, o que é uma grande ilusão:varias vezes viro a noite trabalhando, pesquisando, não tenho folga e por aí vai”, conta.

Veja estas e outras declarações de Bia na entrevista que ela concedeu ao nosso blog.

Gostou do trabalho da Bia Penaforte?
Entre em contato com ela!
CARONA BABY
(85) 85231464


Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Quando começou?
Bia Penaforte: A Carona Baby foi criada em 2011 após o nascimento do meu filho Ravi. Tínhamos necessidades que a cidade não conseguia suprir, tanto de produtos como de informações e serviços. Li muito durante a gestação e com o nascimento senti necessidade de aprofundar e passar todo meu conhecimento neste novo mundo da maternidade para outras mães que nem sempre tem a mesma disponibilidade de tempo.
Vi em alguns artigos os benefícios dos carregadores de pano e, claro, quis imediatamente experimentar. Saí na busca por toda cidade e nada. Quando encontrei, as vendedoras não sabiam ensinar a usar, não havia uma preparação, era novidade para elas também. Mas acabei comprando e decidi aprender sozinha. Assisti todos os vídeos possíveis da internet, devorei livros, li artigos, conversei com pessoas e quando vi estava dominando a arte de slingar. Tudo ia muito bem, até que um dia com meu filho no sling a argola partiu e por Deus ele não caio dos meus braços! Foi aí que percebi que faltava um quesito super importante para aprimorar meu conhecimento: a qualidade. Não tive duvidas: voltei a ler e confeccionei meu próprio sling, voltei a sair na rua e chamava cada vez mais a atenção das pessoas, curiosas porque todo mundo via em algumas revistas mas não sabia onde vendia na cidade ou quem sabia onde vendia não sabia como usar. Me vi numa situação que também não podia indicar quem me vendeu e falei pela primeira vez:EU FAÇO! E FIZ, e não parei mais. O boca a boca começou, me formalizei, criei uma loja virtual, participamos de alguns eventos para gestantes e como é gostoso fazer algo que você gosta de usar né? Tudo fluiu...

Você trabalha sozinha ou tem parcerias?
Carona baby sou eu Bia e minha família, mãe, pai, irmã, meu filho e meu marido: todos juntos, ajudando como podem a tocar pra frente. A proprietária sou eu, não tenho sócios, só parceiros de coração.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Antes de ser mãe eu fiz de tudo. Sou formada em Administração Hoteleira, mas antes disso, fiz um “mochilão” pelo nordeste, morei em Jericoacoara, trabalhei em hotéis e restaurantes, depois fui conhecer praias, pessoas, culturas, lugares, peguei muita carona pela estrada e por isso o nome Carona, pro meu pequeno mochileiro [risos]. Quando resolvi voltar pra casa fui convidada a trabalhar na turnê Quidan do Cirque Du Soleil. Claro que não pensei duas vezes e fui de volta pra estrada: Recife, Salvador, Brasília e por aí vai... trabalhava como assistente sênior do restaurante e depois do setor administrativo. A turnê acabou e resolvi descansar um pouco na chapada diamantina. Morei uns meses por lá trabalhando em uma agência de ecoturismo (forma mais barata de conhecer um lugar!). Conheci quase tudo e voltei pra casa, terminei a faculdade, casei, engravidei (não necessariamente nesta ordem [risos]). E assim foi, ou melhor, está sendo. Para falar a verdade, nunca me imaginei empreendendo artigos infantis, mas a maternidade é assim né? Tudo muda e eu senti este desejo e me sinto muito feliz com esta escolha.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
Durante a gravidez não trabalhei. Enjoava muito e ficou muito complicado.  Foram 9 meses praticamente parada. Após o nascimento, não agüentava mais e vi esta oportunidade batendo na porta. Tive o apoio da minha família e fomos fazendo acontecer. Me formalizei e sai em busca  de ser o mais profissional possível. A grande vantagem de empreender é ficar mais tempo com meu filho, curtir as descobertas diárias, acompanhar tudo de pertinho, ele vai comigo pros lugares, é meu grande marketing: estamos sempre juntos e isso empresa nenhuma te dá. Por outro lado, nem sempre quem trabalha em casa ou por conta própria é compreendido como profissional e nem sempre é levado a sério. Sofri um pouco com meu esposo que não compreendia no começo que o fato de eu trabalhar em casa não descaracterizava meu trabalho. Não é menos sério ou importante por isso. Parece que por que você estar em casa ou sempre no computador não é cansativo, que por você não ter horários fixos é mais leve, o que é uma grande ilusão:varias vezes viro a noite trabalhando, pesquisando, não tenho folga e por aí vai.

Qual o lado bom e o lado ruim?
Só vejo vantagens. Acho que toda mãe só deveria trabalhar fora antes de se tornarem mães ou bem depois, quando já curtiram muitoooo seus filhos. São momentos únicos e que vão fazer toda diferença em ambas as vidas, e isso patrão nenhum vai te dar de volta, nunca. É um novo momento em nossas vidas, uma forma de valorizar a vida, a sua inteligência, a capacidade pessoal, de incentivar o comércio local e por aí vai... não só as mães, a família precisa estar muito atenta ao potencial que tem dentro de casa.

O que é empreendedorismo materno para você?
É o instinto materno para proteger sua cria com as armas que você tem. Vi isso dentro de casa através da minha mãe que sempre inventou de tudo que pode para criar suas filhas sem se desligar do ninho e cultivo o mesmo pensamento com meu filho.

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Acredito que seja o grande sonho da maioria das mulheres tornar-se mãe e compreender que isso vai muito além de gerar um bebê. Quando nos damos conta disso, tudo muda, você não quer abrir mão do seu sonho, você quer andar de mãos dadas com ele. Isso é mais do que positivo, não tenho palavras para definir como é bom.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Faço minhas as palavras do grande WILLIAN SHAKSPEARE “Não se deixe levar pela distância entre seus sonhos e a realidade. Se você é capaz de sonhá-los, também pode realizá-los.”


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