Sara com Leonardo |
Psicóloga clínica de formação, ela passou por um momento de transformação e hoje está à frente da Animatech. “O nascimento do Leonardo e a escolha por viver uma maternidade presente me levaram a buscar alternativas de ação que considerasse esse modelo de relação”, explica.
Com o tempo, ela conta que ganhou flexibilidade e criatividade. E deixa uma dica para mães empreendedoras que serve para todas as mães. “Educo meu filho para a autonomia, para o protagonismo. Então, tornei-me uma mãe que busca tornar-se dispensável – no momento certo”, diz.
Confira a íntegra do depoimento de Sara abaixo.
Meu nome é Sara Raquel da Silva, sou psicóloga clínica, autodidata e pesquisadora entusiasta do comportamento humano. Grata mãe do adolescente Leonardo Gabriel.
Iniciativa solo
A escolha e a decisão de tornar-me profissional liberal alimentaram o meu desejo de assumir responsabilidades e ser independente, a minha motivação para a autorealização me ensinou a conviver com as incertezas e riscos pertinentes à dinâmica da atividade inicial – clínica com abordagem psicanalítica.
O gosto por pessoas, pelo trabalho com e para as pessoas, e a busca frequente por informações permitiu uma tranqüilidade na revisão da abordagem inicialmente escolhida, no período em que pensei em engravidar. A minha noção de tempo e processo estava mudando e com isso o meu trabalho também.
O nascimento do Leonardo e a escolha por viver uma maternidade presente, me levaram a buscar alternativas de ação que considerasse esse modelo de relação. A decisão por convívio direto e frequente com o meu filho levou-me a entender a importância de criar outro ritmo no processo psicoterápico. Nesse momento o computador, a internet e o telefone móvel começam a fazer sentido e criar uma diferença na minha vida. Precisava de agilidade e queria manter a qualidade. Assim, o acesso à tecnologia cumpriu o seu papel. Mais recentemente as redes virtuais fortaleceram ainda mais a importância do uso da revisão de mais um paradigma: o uso da tecnologia como estratégia de negócio.
Queria trabalhar com saúde, menos curativa, mais preventiva, promover saúde e vitalidade, num momento de vida em que vitalidade era a minha principal experiência. Apaixonei-me pela maternidade e voltei aos estudos no universo de TI e suas necessidades de recursos humanos, enquanto aprendia extensamente tolerar frustração, ao estabelecer contato com os novos limites da realidade da pessoa-mãe que se reorganizava numa nova profissional.
A noção de tempo em uma empresa é bastante diferente do tempo na clínica, e a minha ação como terapeuta foi favorecida e modificada por essa passagem. Tudo porque queria tempo para conviver com o meu menino, por isso aprimorei e revi o meu conceito de foco, questionei os meus conceitos sobre resultados, contratos e negociação - temas só agora valorizados na área de saúde mental e de desenvolvimento pessoal. Ganhei flexibilidade e criatividade.
Paradoxalmente a construção dessa reinvenção exigiu bastante do meu tempo.
A mudança do orçamento familiar com o novo integrante me levou a respeitar o dinheiro e gerenciar riscos no exercício de atividades onde o conhecimento imperfeito do futuro é parte da dinâmica. Precisei aprender a administrar meu consultório como um negócio.
Delineei um portfólio de serviços que foi construído ao longo dos anos, com a ampliação e consolidação dos meus conhecimentos do ramo de atuação e seu contexto, enquanto buscava a melhor dinâmica auto-geradora de trabalho e retorno financeiro.
Portfólio com soluções voltadas ao desenvolvimento pessoal: coaching vocacional e universitário; de carreira e pessoal. Abordagens pontuais para circunstâncias bem definidas e voltadas ao resultado.
Em parceria
Com a Animatech, empresa de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), estabeleci uma parceria onde realizo o mapeamento de competências através de inventários e testes. Emito laudos e crio programa de desenvolvimento pessoal (PDI).
O meu sonho de intervir positivamente na realidade visando à promoção de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal precisava de um plano de ação, precisava materializar-se em um formato, e a criação do portfólio foi a saída encontrada.
O lado positivo é a autoconsciência do que sou capaz de gerar e suportar com o conhecimento que consigo co-construir e o lado negativo é que essa capacidade ainda está centrada em mim.
Deixo a seguinte dica: Atualmente educo meu filho para a autonomia, para o protagonismo.
Então, tornei-me uma mãe que busca tornar-se dispensável – no momento certo.
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